Anvisa aprova registro definitivo da vacina da Pfizer

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, na manhã desta terça-feira (23), o registro definitivo da vacina contra Covid-19 da Pfizer/BioNTech no Brasil.

A aprovação foi informada pelo diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. “Informo com grande satisfação que, após um período de análise de dezessete dias, a Gerência Geral de Medicamentos, da Segunda Diretoria, concedeu o primeiro registro de vacina contra a Covid 19, para uso amplo, nas Américas”, comemorou Barra Torres.

No Brasil, a CoronaVac, desenvolvida pela empresa chinesa Sinovac e produzida no Brasil pela Fiocruz, e a vacina de Oxford/AstraZeneca já receberam a autorização de uso emergencial e já estão sendo aplicadas no país.

Uso amplo

A Sinovac e AstraZeneca, no entanto, ainda não solicitaram à Anvisa o registro, para o uso amplo, dos imunizantes.

Segundo o estudo realizado em sete mil profissionais da saúde que trabalham no Hospital Sheba, em Israel, duas semanas depois de ser aplicada, a primeira dose da vacina da Pfizer é capaz de reduzir  em 75% as infecções pelo coronavírus.

Isso sugere que é possível adiar a administração da segunda dose em países com escassez de vacinas, para que mais pessoas possam ser inoculadas antes.

Os resultados foram divulgados na última sexta-feira, 19 pela prestigiada revista científica The Lancet. A pesquisa também mostrou uma redução de 85% no número de pessoas que apresentaram sintomas da Covid-19.

Temperatura adequada

A Pfizer e a BioNTech anunciaram que a sua vacina pode ser armazenada e transportada entre -15°C e -25°C, temperaturas alcançadas por freezers comuns.

Até então, a orientação era que os imunizantes fossem mantidos entre -60°C e -80°C, o que exigia o uso de equipamentos sofisticados e dificultava a compra da vacina pelo Ministério da Saúde.

Além da dificuldade para transportar e armazenar o imunizante por conta das exigências, 0 ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, em sessão do Senado Federal, afirmou que a Pfizer impôs questões “leoninas” nas negociações com o governo brasileiro.

Gargalos

Os problemas, de acordo com o ministro, estariam em três clausulas: a de que o governo federal deve se responsabilizar “até a eternidade” pelos efeitos colaterais da vacina, a de que ativos brasileiros no exterior deverão ficar disponíveis à Pfizer para cobrir como caução ações no exterior e a de que a Justiça brasileira deverá abrir mão da sua capacidade de julgar a empresa.

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