Preso desde janeiro, Torres é suspeito de envolvimento nos atentados contra as sedes dos Três Poderes em Brasília e estaria temendo uma possível condenação que o deixaria preso por anos
Segundo informações obtidas por fontes da Polícia Federal, o ex-ministro da Justiça Anderson Torres tem demonstrado interesse em firmar um acordo de delação premiada. Torres, que está preso desde janeiro sob a suspeita de envolvimento nos atentados às sedes dos Três Poderes em Brasília, estaria temendo uma possível condenação que o deixaria preso por anos.
Recentemente, a situação do ex-ministro se complicou ainda mais com a descoberta de um documento de inteligência que mapeou onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva teve mais votos no primeiro turno das eleições, bem como com a identificação de uma viagem de Torres à Superintendência da Polícia Federal na Bahia na véspera da votação.
Embora a defesa de Torres negue que ele esteja negociando um acordo de delação, fontes na Polícia Federal afirmam que o ex-ministro cogita apontar outras pessoas que teriam responsabilidade na articulação de operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) que atrasaram eleitores em estados do Nordeste. Os advogados que estão com o caso assumiram a defesa do ex-secretário na semana passada e ainda estão se inteirando da investigação.