AMEM, MAS SEM ESCULHAMBAR AS INSTITUIÇÕES

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As sociedades funcionam com bases em princípios, institutos e instituições, todas com seus mitos fundadores. Elas não existem de qualquer jeito. Em cada uma delas, predomina o que a maioria entende mais adequado, respeitado o direito da minoria de existir e ser respeitada.

Pressões políticas e ideológicas, travestidas de defesa de princípios universais, conseguiram em meio século mais que qualquer revolução alcançou até agora: submeter a maioria à vontade da minoria.

O casamento é um instituto. A realidade das amigações levou o legislador a reconhecer as sociedades de fato entre homem e mulher, assegurando direitos aos conviventes, mas preservando o casamento formal com status mais elevado.

Com o passar do tempo, os amásios passaram a ter os mesmos direitos dos casados. Se ninguém percebeu, foi o jeito mais escancarado de enterrar um dos institutos mais valorizados da sociedade.

A família é uma instituição, a base da sociedade, espaço de solidariedade e proteção de seus membros. Ela é constituída de um casal e filhos.

Movimentos reivindicatórios, que antes desvalorizaram o papel do casamento e da família como instituição burguesa e reacionária, passaram a estender o conceito desta para uniões diversas, especialmente as homoafetivas.

Conquistado o direito, deram um passo mais adiante: querem que família seja qualquer união com um, dois ou mais casais héteros ou homossexuais, com todos sendo pais e mães ao mesmo tempo, estrutura a que dão o nome de poliamor.

Informa o padre Paulo Ricardo que, na Holanda,  Jaco e Sjoerd, Daantje e Dewi, dois pares homossexuais, decidiram formar, os quatro, uma só “família”. Ambos os “casais” já têm os seus relacionamentos registrados no civil, mas, agora, anseiam pelo reconhecimento de um “quinteto amoroso”. Jaco e Sjoerd decidiram compartilhar a sua “união” com outro homossexual, Sean. Agora, Daantje está esperando um filho de inseminação artificial e quer ver os seus parceiros como pais da criança. “Cinco genitores com iguais direitos e deveres, divididos em duas famílias”, ela diz. “São essas as condições do contrato que todos nós assinamos e submetemos ao cartório”, completa.

Se qualquer maneira de amor vale a pena, não é de qualquer jeito que se desmantelam instituições e institutos que são a referência da sociedade, transformando caprichos minoritários, pelos lobbies ideológicos, em vontade geral da maioria.

 

Miguel Lucena é delegado de Polícia Civil do DF, jornalista e escritor.

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