Amado e a Miss

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Por Miguel Lucena

Amado Batista, aos 72, casou-se com uma miss de 22. O amor, dizem, não tem idade, mas a inveja tem prazo de validade. Hoje, uma multidão morreu de despeito, enquanto o cantor sorria, meio cansado, mas feliz. Ela, radiante, segurava sua mão como quem segura um sonho.

A plateia dividiu-se: uns aplaudiram, outros torceram o nariz. Mas, no fim, o que importa? Ulisses Guimarães já dizia: “Bote fé no velhinho.” E lá foi Amado, amando, cantando, vivendo. Porque, na matemática da vida, melhor é somar felicidade do que subtrair alegria.

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