“Ainda não há elementos suficientes para oferecer à Justiça uma denúncia ao governador Ibaneis”, diz subprocurador-geral Carlos Frederico Santos
Em entrevista ao Poder 360 na última sexta-feira, o subprocurador-geral da República Carlos Frederico Santos enfatizou que “ainda não há” – “elementos suficientes” – para oferecer à Justiça uma denúncia ao chefe do Buriti Ibaneis Rocha (MDB).
Frederico solicitou as medidas de busca e apreensão na residência e em locais de trabalho do emedebista – com autorização do ministro Alexandre de Moraes, da Suprema Corte.
Além do governador foram autorizadas buscas na casa do interino da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal, Fernando de Souza Oliveira.
O material recolhido será analisado, afirmou o subprocurador-geral. “Vamos tomar conhecimento da conclusão dessas análises, para decidirmos exatamente sobre o opinio delicti, ou seja, se a gente denuncia, se vai ser denunciado, qual é a medida que vai ser tomada”, frisou.
Segundo Santos, a fase é de investigação para saber a extensão dos fatos. “Nós não temos ainda elementos suficientes para oferecer qualquer denúncia, senão nós não teríamos pedido a busca e apreensão.
Na segunda-feira (23) Ibaneis entregou o celular à Polícia Federal (PF), isso mostra que o governador vem contribuindo para as investigações.
Ele tem usado as redes sociais para negar relação com os atos de extremistas nas sedes dos Três Poderes. “Não há nada que possa me ligar aos golpistas que atacaram os Três Poderes. Eu sempre me comportei de modo a colaborar com as investigações e mantenho a postura. Cheguei a dar um depoimento espontâneo à PF, mostrando que não há o que temer”, escreveu Ibaneis no Twitter.
O governador acredita que caso as apurações não apontem a sua responsabilidade no episódio, seria possível chegar a um acordo com o STF para antecipar seu retorno para fevereiro ou março.
“É necessário aguardar o desenrolar das investigações”, declarou Rocha. Segundo o advogado Alberto Toron, que defende Ibaneis, relatou que o esforço agora é para “mostrar a posição dele contra o movimento golpista de 8 de janeiro” e acrescentou “O mais será uma consequência natural”, frisou ele.