Por Simone Salles
Após cinco meses fechado para reformas, o Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre (RS), retomou suas operações comerciais nesta segunda-feira (21). A reabertura marca um retorno à normalidade para os moradores da capital gaúcha, que dependem do aeroporto como principal hub de transporte aéreo.
A impossibilidade de utilização do sistema de pistas e de todo o complexo aeroportuário após o alagamento pelas enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul desde o fim de abril motivou um pacote de melhorias estruturais e operacionais. Conduzido pela Infraero, o projeto envolveu a ampliação das pistas, modernização dos sistemas de iluminação e reforço da infraestrutura de segurança. As obras incluíram também a instalação de novas tecnologias para controle de tráfego aéreo e o aumento da capacidade de operação, permitindo que o aeroporto receba mais voos diários e aeronaves de maior porte.
Durante o período de interdição, os passageiros enfrentaram transtornos ao utilizar aeroportos alternativos, como o Aeroporto Internacional de Florianópolis, o Aeroporto de Caxias do Sul e a Base Aérea de Canoas, aumentando o tempo de deslocamento e os custos de viagem.
Além das reformas estruturais, o aeroporto implementou novas medidas de segurança sanitária, que incluem sistemas avançados de ventilação e protocolos rigorosos de limpeza e desinfecção. Essas medidas, introduzidas como resposta à pandemia de COVID-19, visam garantir a segurança dos passageiros e trabalhadores.
De acordo com o levantamento realizado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), o fluxo comercial no aeroporto da capital gaúcha nos primeiros sete meses de 2024 está US$ 65,1 milhões, ou 35,9%, abaixo do que seria esperado caso não houvesse a catástrofe climática. Isso corresponde a uma queda de 10,6% frente aos primeiros sete meses de 2023, mais baixo do que o observado no primeiro período da pandemia, quando houve a suspensão de voos no mundo todo.
Com o retorno das atividades, o aeroporto deve impulsionar o turismo e os negócios na região, restabelecendo conexões diretas com as principais capitais brasileiras e incentivando o desenvolvimento econômico local. Estima-se que, com as melhorias, o aeroporto tenha capacidade para receber até 15 milhões de passageiros por ano.