Governo Lula nega espionagem da Abin contra autoridades paraguaias
O governo Lula (PT) negou nesta segunda-feira (31) ter conduzido, por meio da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), uma operação hacker para investigar autoridades paraguaias. A denúncia, revelada pelo portal UOL, aponta que servidores da agência teriam acessado computadores do governo do Paraguai para obter informações sigilosas sobre a negociação de tarifas da usina hidrelétrica de Itaipu, foco de disputas entre os dois países.
Em resposta, o Ministério das Relações Exteriores alegou que a operação teria sido “autorizada pelo governo anterior”, sob Jair Bolsonaro (PL), e revogada pelo diretor interino da Abin em 27 de março de 2023, assim que a gestão Lula tomou conhecimento do caso.
Apesar da negativa oficial, a revelação levanta questionamentos sobre a continuidade de práticas obscuras dentro dos órgãos de inteligência brasileiros e o impacto disso nas relações diplomáticas com o Paraguai. A usina de Itaipu, peça-chave na matriz energética da região, já foi palco de tensões políticas e comerciais entre os países, tornando qualquer suspeita de ingerência ainda mais sensível.
Em meio ao caso, o governo Lula reforçou seu compromisso com a transparência e o respeito diplomático. No entanto, as denúncias trazem à tona um histórico de operações sigilosas que, independentemente da gestão, parecem resistir à alternância de poder.
