A vez do “operador financeiro” de Temer ser detido pela Lava Jato

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O amigo do ex-presidente Michel Temer, conhecido como coronel Lima, cujo nome é João Batista Lima Filho, foi preso no começo da tarde desta quinta-feira (21) na Zona Sul da capital paulista.

A sentença do juiz federal Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, que determinou a prisão preventiva de Temer e de mais 11 pessoas, assinala que Lima era como se fosse “operador financeiro” de Temer em uma organização criminosa desde a década de 1980. Foi nesse época que ficaram amigos em São Paulo, atuando na captação de recursos para Temer e na lavagem do dinheiro.

Bretas decretou a prisão preventiva de ambos, Lima agia em nome de Temer pedindo recursos, que foram destinados para Temer e para a reforma da casa da ex-mulher do ex-presidente, na capital paulista. O advogado Cristiano Benzota, não se manifestou até o momento do término desta reportagem. .

Bretas classificou Temer como chefe de organização criminosa em seu despacho e Lima como operador financeiro.

“Nessa toada, plausível a conclusão do órgão ministerial de que coronel Lima atua como uma espécie de mandatário de Michel Temer, sendo há décadas homem de confiança do ex-presidente da República, além de atuar nas relações comerciais entre Temer e empresários da construção civil (a exemplo da Engevix), bem como do setor portuário (narrado na denúncia do Quadrilhão do PMDB)”, descreve Bretas.

Também no pedido de prisão de ambos, o MPF defendeu que o coronel Lima atuou como “operador financeiro” de Temer nos contratos da Eletronuclear com a empresas, “recebendo em nome dele valores indevidos”. O detalhe é que não há recursos destinados ao partido.

Os procuradores divisaram que Lima era proprietário da Argelan, empresa que participou do Consórcio da AF Consult Ltda, “vencedor da licitação para a obra da Usina Nuclear de Angra 3, apenas para repassar valores a Michel Temer”.

“Lima e Costa (outro investigado) criaram uma dezena de outras empresas, já identificadas, utilizando-se da estrutura oficial da Argeplan, visando transferência de recursos ou patrimônio, de forma oculta ou dissimulada e em benefício próprio e de terceiros. Numa engenharia que tem servido para lavagem de dinheiro, posta, principalmente, a disposição do senhor MICHEL TEMER, ao longo dos últimos 20 anos”, relatam os procuradores.

Redação

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