A rede de influência do Instituto Clima e Sociedade e seu impacto na soberania do Brasil

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Foto: Internet

Investigação revela a influência do Instituto Clima e Sociedade (iCS) na política climática do Brasil

 

 

Por Carlos Arouck

Entre 2018 e 2023, o Instituto Clima e Sociedade (iCS) recebeu mais de $672,529,000 de fundos provenientes de diversas fontes internacionais, com o objetivo de apoiar a pauta climática no Brasil. Esses recursos foram repassados para ONGs, mídias, pesquisas e projetos, formando um poderoso lobby estrangeiro para promover a pauta e legislação do clima no país.

 

O iCS foi fundado por Ana Toni, ex-membro da Fundação Ford, lançando o instituto com fundos da ClimateWorks e OAK Foundation, para promover a agenda do clima no Brasil. Alguns dos principais investidores no iCS incluem a Fundação ClimateWorks, a Fundação OAK, a Fundação William e Flora Hewlett, a Fundação Open Society, a Fundação IKEA e a Fundação Wellspring. O iCS repassa esses fundos para ONGs, mídias, pesquisas e projetos, formando um poderoso lobby para interferir na pauta e legislação do clima no Brasil.

 

Algumas das organizações beneficiárias desses fundos incluem o Instituto Polis, a FGV EAESP, a ABRAMPA, a Coalizão Brasil no Clima, o Instituto Socioambiental, a Justiça nos Trilhos, a Rede de Cooperação Amazônica, o Greenpeace, o Centro de Estudos e Pesquisas em Gestão e Desenvolvimento, a Casa Galileia, a Fundação Ecoar, o Instituto de Pesquisa e Estratégia de Energia, a Articulando, a Casa de Cultura Digital, a Coalizão Brasil, a Fundação de Direitos Humanos, a Rede Nacional de Juventude, a ABEMA, a Intervozes, a CUT, o Idesam, a SOS Mata Atlântica, a Fundação de Proteção à Natureza, o Instituto Ethos, a Conectas Direitos Humanos, a Peabiru, a Arayara, a 8S Amazônia Oriental, a Rede de Institutos, a Fundação Amazonas Sustentável, a Fundação de Estudos e Pesquisas em Gestão de Negócios, a Ação da Cidadania, o Instituto de Pesquisa e Formação em Educação e a Fundação Peabiru.

 

Entre os beneficiários estão também organizações como ClimaInfo, IDEC e Instituto Ethos. Essas entidades utilizam os fundos para realizar pesquisas, campanhas de conscientização e lobby político. A rede inclui ainda nomes como:

 

  • NEXO: Portal de jornalismo que cobre temas sociais e ambientais.
  • CUT: Central Única dos Trabalhadores, envolvida em questões de justiça social e sustentabilidade.
  • Rebrip: Rede Brasileira pela Integração dos Povos, que trabalha com direitos humanos e desenvolvimento sustentável.
  • OPAN: Operação Amazônia Nativa, que atua na proteção dos direitos indígenas.
  • IDEC: Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor, focado em políticas de consumo sustentável.

 

A liderança global em torno da agenda climática, que inclui esforços oriundos do Governo dos EUA, grandes corporações, o Fórum Econômico Mundial (WEF) e a ONU, também destaca as conexões internacionais do iCS. Figuras proeminentes como John Podesta, ex-assessor dos presidentes Clinton e Obama e atualmente presidente da ClimateWorks, e Nancy Lindborg, ex-diretora da USAID e vice-presidente da ClimateWorks, exemplificam a interseção entre políticas estrangeiras e a execução local de iniciativas climáticas pelo iCS.

 

Embora o iCS tenha recebido críticas por promover uma agenda estrangeira no Brasil, a organização tem se mostrado eficaz na promoção de políticas que visam reduzir as emissões de carbono e combater as mudanças climáticas no país. Ainda assim, é importante que o governo brasileiro e a sociedade civil monitorem de perto os investimentos e as atividades do iCS para garantir que as ações tomadas sejam de interesse nacional e não apenas apoiadas por interesses estrangeiros, para garantir a soberania nacional e que os interesses defendidos estejam alinhados com as prioridades brasileiras.

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