Atualmente, observa-se uma sociedade que precisa de reafirmação diária. Isso se dá pela forma como as pessoas são criadas. Na maioria das vezes, ao tentar incentivar, os pais reafirmam constantemente e, na maioria das vezes em excesso, a capacidade e inteligência dos filhos. Isso ajuda, entretanto, o excesso contribui para a realidade agora vivenciada: uma sociedade insegura, imatura e dependente a todo instante de elogios para sobreviver às pressões de diversas situações que a vida apresenta.
Portanto, é preciso repensar como construiremos e planejaremos a formação de líderes sem a necessidade de reafirmações, sejam de forma presencial, virtual ou digital. A cada instante, se fizermos um tour pelas redes sociais, depararemos com um abismo entre a realidade e a vida digital. Há pessoas que, ao postarem qualquer coisa nas redes, já entram em ansiedade com o autoquestionamento: “Será que vai ter curtida? Será que haverá comentários? Os comentários serão positivos?
São esses e muitos outros questionamentos que vêm destruindo o emocional de grande parte da sociedade. Talvez você que leu até aqui se identifique, e por isso falo: é preciso mudar a mentalidade e com isso buscar soluções para o crescimento, seja pessoal ou profissional. Heráclito já dizia: “Ninguém entra em um mesmo rio uma segunda vez, pois quando isso acontece já não se é o mesmo, assim como as águas que já serão outras.” Ou seja, é preciso a renovação constante para que possamos evoluir. Nada permanece, somos seres em evolução, e isso só ocorrerá com a mudança de mentalidade, respeitando o espaço do outro sem denegrir o outro só por pensar diferente.
A intolerância é algo arraigado em nossa cultura. É algo que vem aflorando a cada dia. Somos seres humanos, mas falta humanizar, falta um toque de empatia, de amor ao próximo, de altruísmo. Estamos vivendo um período de transição em que a segregação tem marca registrada, mesmo com o advento e avanço da tecnologia e a rapidez da informação.
Por Aderval Andrade