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Explicar o que é Política e o que é Democracia, sob o ponto de vista científico e não sob o viés adotado pelos políticos e partidos políticos não é tarefa fácil porque exige contradizer as inúmeras falácias que os políticos contam, muito mais que 100 vezes.
Mentiras repetidas muitas vezes terminam por convencer ao próprio mentiroso. Essa convicção depositada no discurso enche o mentiroso de confiança a cada eleição, pois percebe que tanta ele, o mentiroso, quanto o produtor de seu discurso, a falácia ou mentira, são aceitos. Ora, se alguém é aceito de uma determinada maneira, porque mudaria a fórmula?
Sob o viés científico, “Política” é um objeto de conhecimento, ou seja, algo que pode ser estudado a partir de sua existência real, a partir de seus princípios universais, dos sujeitos que a elaboram(os políticos), do cenário no qual atua(o Estado e suas múltiplas funções de servir ao povo) e de seu objeto de conhecimento(o Poder).
No meu livro de autodesenvolvimento, “Técnicas Para Você Ficar Doidão”, cuja terceira edição será lançada simultaneamente em Portugal e Brasil, ainda neste semestre, dedico de forma satírica um capítulo inteiro à mentira e em outro explico a relação Sujeito-Poder tão abordada na Política e de forma especial pelo historiador das ideias e filósofo Michel Foucault, que ensina que o ser humano para ser bem compreendido “politicamente” também deve ser estudado como um sujeito, sob o ponto de vista da linguística.
Sendo assim, quando pensamos em uma pessoa a vemos como a um substantivo. O que é um substantivo, para a gramática portuguesa e mundial? É a classe gramatical que dá nomes a seres, coisas, espaços, sentimentos; que dá significado a substâncias concretas e palpáveis.
Para facilitar, ainda mais, o que quero dizer com esta analogia peço a você, leitor, que compreenda que todos nós, enquanto seres humanos somos uma substância real, que pode ver, sentir, apalpar, usufruir; que pode ser tocada e percebida por todos os sentidos como olfato, visão, tato, etc.
Por exemplo, você se apalpa e se sente; você se olha no espelho e se vê, você se toca e sente que é real, se você dá com a cabeça na parede você sente dor. Amigo e amiga, você é real! Em contraposição a tudo isto que acabo de dizer, uma foto de uma comida gostosa e bonita num prato é uma coisa FORMAL, porque representa apenas a aparência daquilo que deveria ser real.
Ainda nesta linha de pensamento, a foto, um vídeo ou propaganda de uma casa, no rádio ou na TV, a foto ou vídeo de um emprego no rádio ou na TV, a propaganda no rádio ou na TV que diz que os cidadãos têm escola, segurança, liberdade de expressão, lazer de boa qualidade, sem que ele tenha o que o Estado e seus partidos, e político dizem, É POLÍTICA E DEMOCRACIA FORMAL, porque não é real!
Com esta primeira lição sobre o que é POLÍTICA E DEMOCRACIA SUBSTANTIVA OU SUBSTANCIAL(aquilo que é real) e POLÍTICA E DEMOCRACIA FORMAL(aquilo que apenas aparenta ser) sinto que podemos avançar aos próximos níveis de compreensão sobre a morte da política e democracia substancial.
Peço, como exercício mental para esta semana, que medite na seguinte frase, dita por uma dos mais importantes poetas do mundo: “a essência do que parecer é o não ser”.
Continua no próximo domingo. Não perca!
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