A importância do lockdown no combate ao Covid-19 aliado à vacinação

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Por Maurício Nogueira

“Primeiro saúde. Sem saúde não há economia”, a frase é do ministro da Economia, Paulo Guedes, nesta quinta-feira (5), o que contrariou o presidente Jair Bolsonaro. O lockdown, agora é visto com outros olhos pelo menos pela equipe econômica. O que se depreende é que a vacina e lockdown devem andar paralelamente na marcha contra a disseminação do Covid-19.

A polêmica medida, o lockdown, para muitos ainda, é a extrema atitude para conter a entrada excessiva de pacientes colocando em colapso o atendimento da Saúde publica.

É preciso lembrar aos jovens que é fundamental parar de frequentar as festas, sem usar de máscaras, sem respeitar a distância mínima de 2 metros. Só corroboram para aumentar a incidência de maior entrada de pessoas pertencentes a essa faixa etária nos leitos de UTI de Brasília. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, recrudesceu as medidas restritivas dada a situação a beira de colapso nos hospitais do DF.

“Mesmo com lockdown, temos um número muito grande de pessoas nas ruas. O que a gente clama é que vão continuar saindo, vão continuar morrendo. Chegamos a ter dia com 26 mortes no Distrito Federal, o que é um número muito grande”, afirmou o governador nesta quinta-feira (4). “Não brinque com a situação. Vai chegar um ponto em que ninguém vai ter leito se a gente não tomar um cuidado nesse momento”, declarou ao Correioweb.

No Brasil, vários estados encontram-se em estágio de ocupação de UTIs acima de 80% e o o lockdown ou restrições de atividades para evitar a circulação de pessoas é imperioso. É o remédio forte para a evitar o colapso na rede Publica de Saúde.

Países da Europa, como Espanha, Alemanha, Portugal, tiveram que escolher entre o isolamento social, ou nada, para frear o a disseminação do Covid-19 e o agravamento da pandemia.

Em meados de novembro de 2020, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, decretou o fechamento das escolas públicas para conter um novo avanço da epidemia de coronavírus na cidade. A medida já teve inicio em 19 de novembro do ano passado.

EUA tinham 250 mil mortes em outubro de 2020

“Na última semana, cerca de 3% dos testes para Covid-19 na cidade de Nova York deram positivo”, disse de Blasio em uma rede social em novembro de 2020. “Infelizmente isso significa que as escolas públicas estarão fechadas a partir de amanhã, quinta-feira, 19 de novembro, como sinal de um excesso de precaução”, afirmou à época. O número de testes nos EUA sempre foram significativos.

O cenário foi mudando, primeiramente, fechando as escolas, mas as restrições avançaram para o fechamento de NY, ou seja a cidade chegou a fechar o acesso à capital do Tio Sam. Os EUA superavam a marca de as 250.000 mortes pelo Covid-19.

O surto da pandemia no Brasil é grave, no entanto, é pior em 13 países europeus: Bélgica, Reino Unido, Itália, Portugal, Hungria, Suíça, Áustria, Espanha, Bulgária, Holanda, Croácia, França e Suécia, segundo a plataforma OurWorldinData.

No topo do ranking de casos de Covid-19 estão os pequenos Andorra, Gibraltar e Montenegro. Entre as grandes nações, os EUA têm a pior situação. País que mais vacinou a população até agora, os Estados Unidos são o 7º na lista de mais casos de Covid por milhão de habitantes.

Vale ressaltar que no leste europeu, proporcionalmente, República Tcheca, Croácia, Sérvia Eslovênia, Lituânia e Georgia têm mais casos por habitante que o Brasil. O Brasil já aplicou mais vacinas (10,1 milhões) que toda população de Israel (9 milhões), país elogiado por sua campanha de imunização.

Considerada por muitas autoridades como uma das principais formas de combater a transmissão do novo coronavírus, a expressão em inglês “lockdown”, em inglês equivale a confinamento ou bloqueio total. Esse termo que ainda gera dúvidas sobre o quê sua prática envolve.

O que é 

O tradicional Dicionário de Cambridge traz “lockdown” como uma “situação em que as pessoas não podem entrar ou sair livremente de um prédio ou área por causa de uma emergência”.

Na prática, o lockdown é um tipo de medida de segurança geralmente imposta por autoridades que proíbe o deslocamento de pessoas.

Segundo a Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), o lockdown consiste no bloqueio obrigatório, com uso da força do estado para as pessoas se manterem em casa, visando interromper o deslocamento e, portanto, o contato entre elas.

Em termos governamentais, o lockdown se dá com interrupção de atividades consideradas não essenciais, com a aplicação de multas ou prisões. Assim, só é possível o deslocamento de pessoas para a compra de alimentos, transporte de doentes ou outras situações consideradas emergenciais.

Nessa fase profissionais de segurança e autoridades bloqueiam espaços e possuem poder para verificar a ações dos cidadãos e ter controle sobre as medidas preventivas. As exigências e proibições podem ser diferentes de acordo com cada autoridade local.

Em suma, o lockdown consiste em uma forma mais restrita de isolamento, onde a população só tem permissão para sair de sua residência para fins essenciais, podendo ser acometida à força policial se descumprir a restrição.

Lockdown, quarentena, distanciamento social e isolamento social

Toda quarentena é um lockdown, mas nem todo lockdown é uma quarentena. Quarentenas são aplicadas especificamente na área de saúde, como na pandemia em que vivemos. Já os lockdowns podem ser adotados em contextos diferentes, para manter a segurança de pessoas em escolas, bases militares e outras diversas situações.

Enquanto distanciamento social é uma medida voluntária que consiste em evitar aglomerações por manter as pessoas suficientemente longe umas das outras, para que não se contaminem ou espalhem o vírus.

O Ministério da Saúde recomenda a distância de 2 metros entre as pessoas, mas nem sempre isso é possível, por isso estabelecimentos, escolas e universidades foram fechados e eventos cancelados.

Já o isolamento social é uma medida não obrigatória, feito em ambiente domiciliar. Esse é um ato civil que protege as pessoas do contato com o vírus, mas não há impedimento em atividades.

No caso da pandemia, a recomendação médica do isolamento serve também para separar pessoas sintomáticas e assintomáticas, evitando a transmissão da infecção.

Dentre as demais medidas preventivas, o lockdown é considerado o meio mais radical de prevenção para controlar a circulação de pessoas, pois é implementado por autoridades de forma obrigatória, com penalidades aos que descumprem com a medida.

Na pandemia do Covid-19

Durante a pandemia de COVID-19, quando medidas prévias e distanciamento e isolamento social não são suficientes para reduzir os casos da doença, a implementação do lockdown é considerada como medida emergente para diminuir casos de pessoas infectadas e o número de mortos por COVID-19.

Assim, com o confinamento, há a redução do número de infectados e por sua vez a quantidade de pacientes nos hospitais, garantindo que o sistema de saúde não seja sobrecarregado, o que é o pior risco causado por uma pandemia.

Isso é importante pois caso aconteça a lotação dos hospitais, a demanda sobre os doentes não consegue ser suprida, pela falta de leitos, cuidados médicos e outros recursos. Essa situação alavanca o número de óbitos e pacientes em estado grave, gerando uma situação fora do controle.

Lockdown vertical

Esse termo se refere ao distanciamento social seletivo em meio à pandemia, também chamado de isolamento vertical.

De acordo com o Ministério da Saúde, o lockdown vertical se refere à uma estratégia em que apenas alguns grupos ficam isolados, enquanto com condições de saúde consideradas adequadas, continuam a exercer as atividades, mesmo podendo ser expostas ao vírus.

Os grupos selecionados para estarem em lockdown vertical são pessoas com maior risco ao serem infectadas com COVID-19, como idosos, pessoas com doenças crônicas como diabetes e hipertensão, além de outras condições de saúde delicadas.

Lockdown na prática

A base do significado de lockdown em meio à Covie-19 é a restrição temporária da população em permanecer em seus lares, saindo de casa apenas com autorização para realizar situações extremamente necessárias, estando submetida à força de autoridades caso infringir essa ordem.

O lockdown, seja qual for o modelo,  aliada à campanha de vacinação efetiva são as melhores alternativas, resta parte da sociedade brasiliense se conscientizar e colaborar para o bem estar de todos.

 

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