A força do streaming

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram

Muitos formatos para ouvir música e assistir a filmes já surgiram e caíram em desuso. Enquanto gravações físicas perdem espaço, o streaming se consolidou como a opção preferida no mundo todo. De acordo com dados do Music Consumer Insight Report 2018, relatório divulgado pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica, 86% dos consumidores de música usam algum tipo de serviço sob demanda. O Brasil está entre os países que mais utilizam o streaming no mundo, ficando atrás apenas da Rússia e do México. Ou seja, o formato já foi aceito pelos usuários. E o sucesso de plataformas como a Netflix e o Spotify fazem com que outros produtos sejam lançados constantemente. “Há um potencial de crescimento enorme pela frente no entretenimento via streaming”, afirmou o CEO da Netflix, Reed Hastings. A chegada do YouTube Premium abala ainda mais um mercado já repleto de opções. Entre tantas, qual escolher?

O novo serviço do Google oferece uma vantagem ao unir tanto o acervo audiovisual já conhecido quanto um streaming de músicas. É uma proposta de juntar tudo em um grande pacote, em meio a uma segmentação cada vez maior. Há serviços focados em cinéfilos, em fãs do cinema nacional, em audiófilos que prezam por uma qualidade sonora maior, e assim vai. Mercados internacionais têm ainda mais opções de serviços. Filmes clássicos, cinema estrangeiro, música erudita… E a gama de opções vai aumentar, com grandes empresas anunciando seus próprios streamings. É o caso da Disney e da Apple, cujas operações sob demanda devem começar em 2019. O preço de cada serviço costuma ficar em torno de R$ 20, então assinar vários deles é uma opção cara. A estratégia que muitos usuários adotam é a de optar por um serviço para música e outro de cinema. Quem quer ir mais fundo seleciona também opções de nicho.

No vermelho

Embora tenha sido adotado pelo público, o streaming ainda apresenta um modelo de negócios pouco rentável. O número de usuários cadastrados no Spotify, por exemplo, é enorme, mas poucos usam a versão paga, preferindo aturar anúncios e outras limitações. O número de assinantes da Netflix também ultrapassou a marca de 130 milhões, mas a empresa opera com um débito de mais de US$ 8 bilhões, principalmente por conta do alto custo de produção de seus conteúdos originais. Apesar do crescimento, ainda falta um longo caminho para a empresa se tornar rentável.

A segmentação crescente da oferta de serviços acabou gerando um efeito negativo: a pirataria voltou a ganhar força. Ainda de acordo com o Music Consumer Insight Report 2018, 38% dos consumidores baixam músicas ilegalmente. É o retorno de um problema que há anos preocupa o mercado fonográfico e audiovisual. O streaming de fato pode se apresentar como o futuro do entretenimento, mas ainda falta resolver alguns entraves para tornar o modelo sustentável a longo prazo.

Mais lidas

AS 90 MIL FARMÁCIAS BRASILEIRAS COMO A PAR...
STF nomeia Cármen Lúcia para investigar fa...
Varjão comemora 21 anos com festa e shows ...
...