A farra da propina no RJ conta com “mulheres da mala”

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As investigações da Operação Catarata II mostram recebimento da propina do chamado “núcleo político”, da quadrilha acusada de participar de um esquema fraudulento de contratação de empresas pela Fundação Leão XIII era feito de três formas.

De acordo com a denúncia do Ministério Público do Rio (MPRJ), o valor variava de 5% a 25% do que era pago na execução dos “contratos direcionados e superfaturados” e uma das maneiras era por meio de emissários chamados de “homens da mala” e “mulheres da mala”, que buscavam dinheiro em espécie.

Segundo os investigadores, seria um jeito de “blindar” os políticos envolvidos, neste caso, Secretário de Educação do Estado, Pedro Fernandes, e da ex-deputada federal Cristiane Brasil (PTB).

A denúncia ressalta que a segunda forma utilizada para receber a propina era através de depósitos bancários de quantias em dinheiro em contas correntes bancárias de terceiros, os quais repassavam para o político a quem estavam vinculados.

Esta, de acordo com a promotoria, era outra tática usada por Cristiane Brasil. E, por último, havia o pagamento de despesas pessoais como, por exemplo, locações de imóveis.

A denúncia cita duas assessoras de Cristiane Brasil como responsáveis pelo recebimento de propinas que variavam entre 5% e 20% dos valores pagos pela prefeitura: Vera Lúcia Gorgulho Chaves de Azevedo e Suely Soares da Silva.

Segundo o MP, os valores eram depositados em dinheiro ou pagavam alugueis de imóveis entre outros gastos pessoais da ex-deputada ”a fim de blindar a ex- vereadora carioca e ex- deputada federal’, diz um trecho do documento.

De acordo com a denúncia, Cristiane manteve influência na prefeitura mesmo depois de assumir o cargo de de deputada federal já que indicou a sucessora.

No caso de Pedro Fernandes, essa tarefa caberia ao ex-diretor de Administração da Fundação Leão XIII, João Marcos Borges Mattos , apontado como o presidente de fato da instituição.

Borges Mattos foi um dos alvos da operação dessa sexta-feira. Segundo a denúncia, Pedro Fernandes ficaria com 20% dos valores dos contratos enquanto que João Borges com 5%.

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