Projeto Índia Amazônia em escolas e em unidades de Internação
A cineasta Núbia Santana, fundadora da instituição proponente do projeto, Instituto Cultural e Social Lumiart, afirma que, em se tratando do PIAMA, é uma grande oportunidade estar lado a lado com a SECEC, trabalhando em uma pauta emergencial que é chamar atenção do público estudantil para a necessidade iminente que é se discutir o meio ambiente, em especial o meio ambiente amazônico. “É um projeto piloto, mas que se apresenta com força para excursionar pelo Brasil afora. Chico de Aquino foi muito sábio na escolha do tema ao escrever seu poema, presente no livro homônimo dele, experimentado e reconhecido pelo FNDE/MEC”, ressalta Núbia.
Já o ator e escritor Chico de Aquino, autor do texto, explica que no momento de leitura dramática serão aplicadas técnicas da mesma metodologia, aplicada pela Atriz Fernanda Monte Negro, com quem o autor aprendeu o ofício de desenvolver oficinas de leitura dramática quando ele foi aluno dela. “Com uma abordagem de resgate e preservação ambiental, trabalharemos para que os alunos ressignifiquem os momentos de leitura criando padrões positivos de aprendizagem sobre o tema abordado e outros futuros temas que eles vão ler ao longo da vida”, diz Aquino.
O autor relembra um dia importante que o inspirou a escrever o poema “Índia Amazônia” décadas atrás. “A primeira vez que ouvi falar sobre a Amazônia, foi em sala de aula. Eu cursava a 5ª série do primário e a professora Norma, de Geografia, do Ginásio Primeiro de Maio (Floriano-PI), com suas palavras nos levou a viajar pelo tapete verde da floresta amazônica, curtindo a maior bacia fluvial do mundo. Aquilo ficou em minha mente e me levou a conhecer muitos anos depois, um pouco da floresta, in loco. Manuscrevi o livro “Índia Amazônia” há quase trinta anos e passei todo esse tempo pesquisando”, revela Aquino.
O escritor também alega que as meninas e meninos também vão conhecer e discutir a beleza e alguns pontos turísticos da floresta amazônica. “Daí podem sonhar e praticar a preservação do meio ambiente e entender que a Amazônia viva, desenvolvida e com a floresta de pé é necessidade para a comunidade em geral. A Amazônia não é um patrimônio mundial, é um patrimônio brasileiro, em especial do povo nativo da floresta, que mantém viva cerca de 80% dos quase 5 milhões de quilômetros quadrados da Amazônia brasileira”, pondera o também ator.
Núbia Santana pontua que o Instituto Lumiart nasceu comprometido com a geração de oportunidade, com a geração de renda de famílias e de artistas que quase nunca têm voz. “Sempre buscamos realizar projetos que gerem impacto, que tenham uma equipe com histórias de fortes vivências, com as complexidades e impactos de temas inerentes a sociedade brasileira”, finaliza a cineasta.
Chico de Aquino, ator e escritor / Núbia Santana, cineasta, fundadora da instituição proponente do projeto, Instituto Cultural e Social Lumiart.
Onde e Quando: 8 e 10/03, no Centro de Ensino Médio 404 (CED 404), de Santa Maria. Na sequência, em 05/4, no Centro de Ensino CED 310,da Unidade de Internação de Santa Maria.