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Por Josiel Ferreira e Maurício Nogueira
Em entrevista à Associação dos Blogueiros de Política do Distrito Federal e Entorno (ABBP), nesta noite de terça-feria (9), o diretor-superintendente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Valdir OLiveira, citou o Programa Cidade Empreendedora. É a saída para turbinar o empreendedorismo, mais do que nunca, no ambiente de crise econômica que necessita de retomada consistente de desenvolvimento.
O Tudo OK Notícias questionou sobre a parceria entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Sebrae com investimento de R$ 6 milhões. Inclusive, no próximo dia 15 de junho ocorrerá uma reunião entre o vice-governador, Paco Britto, para a retomada das atividades. É o momento de mais investimentos principalmente nas regiões administrativas, porque de 14 mil empresas, pelo menos cinco mil deram baixa. Esse investimento é uma saída para a crise vivida pelos empreendedores de todos os tamanhos?
Injeção de recursos planejada
Se a injeção de recursos seria a solução para o Distrito Federal, com o Programa Cidade Empreendedora, Oliveira respondeu que acredita ser uma alternativa excelente. Segundo ele, o programa desenvolvido em parceria com o Governo Federal é fantástico. Visa levar o espírito empreendedor para dentro do setor público.
“E, com isso, fazer um alinhamento com os nossos empresários. A ideia do Sebrae é fazer um movimento nas administrações, tão próximas aos nossos empreendedores, com processos de capacitação, orientação, de consultoria para fazer um despertar das características empreendedoras e ajudar os nossos empreendedores estando nas suas proximidades”, complementou o diretor do Sebrae.
O conjunto de ações no bojo do programa o investimento de R$ 6 milhões está previsto para sere injetado ao longo de quatro anos, para “preparar a máquina pública”. Será aproveitada a Sala do Empreendedor, instalada em cada administração regional.
Sebrae próximo
Oliveira lembra que lá está trabalhando um Agente do Desenvolvimento Territorial. O agente foi capacitado pelo Sebrae para ser um braço da entidade, como uma ferramenta para os empreendedores.
Ele citou como exemplo um empreendedor que está em Brazlândia, que quer conhecer o Sebrae. Ele não tem que ir até o Setor de Indústrias e Abastecimento (SIA).
Na administração regional local há o agente, que é um servidor público, que foi preparado para ser esse braço entre o Sebrae e o empreendedor. Em quinze minutos, após entrar no sistema do Sebrae o servidor pode formalizar o MEI para o empreendedor, ele sai com o MEI na mão. Tudo é produzido na administração regional.
Com a Sala do Empreendedor houve a aproximação do Sebrae com as comunidades, por intermédio do Governo do Distrito Federal. “Esse é um belíssimo exemplo de como o Sebrae e o governo podem atuar juntos para fomentar o nosso empreendedorismo”, destacou Oliveira.
Em um outro exemplo, o diretor do Sebrae citou um hipotético grupo de empresários em Planaltina, que precisem alguma capacitação.
Ao procurar a Sala do Empreendedor daquela administração regional, ele terá acesso ao portfólio de capacitação demonstrado pelo agente de desenvolvimento. “Tem um grupo aqui precisando de capacitação, como é que a gente pode fazer?”, reportaria o agente para o Sebrae. Com a ponte promovida por esse servidor sem necessidade de se deslocar para o SIA o Sebrae poderá atender aquele grupo de empresários.
Espírito empreendedor
De acordo com Oliveira, é muito importante o Programa Cidade Empreendedora, que vai levar esse espírito empreendedor às regionais, com o setor público para que se possa ser feita uma ponte com os empresários.
O diretor do Sebrae ainda deu informações sobre o Programa Líder. Trata-se de uma metodologia que o Sebrae tem em que é produzido o empoderamento de lideranças locais para que elas possam identificar vocações. As liderança são identificadas que possam reportar que tipo de vocação é importante, em uma região. Com a aplicação de metodologia do Sebrae.
“E dali sair um conjunto que no dia 12 de dezembro, quando teve a última reunião, um conjunto onde algumas cidades que participaram desse primeiro Líder, conseguiram construir propostas de eixos de desenvolvimento para que o GDF possa ter insumo para fazer direcionamento para essas regiões administrativas.”
Oliveira enfatizou que é dessa forma que o Sebrae atua junto ao GDF para ajudar no fomento ao empreendedorismo.
“É através dessa sinergia, desse trabalho conjunto daquele que é detentor da política pública, que tem a competência para fazer as definições das normas do ambiente empreendedor com quem tem os instrumentos, que são do Sebrae, capacitação, consultoria, orientação, de estudos, de pesquisas. Essa junção, quando ela trabalha de forma sinérgica possibilita o fomento ao empreendedorismo”, detalhou o diretor do Sebrae.
“É isso que o Cidade Empreendedora e isso que esse investimento vai precisar, agora, mais do que nunca, ser implementado nas nossas administrativas o fomento ao empreendedorismo no nosso Distrito Federal”, pontuou Oliveira.
Distrito Federal entra na maior crise econômica.
Um detalhe, apontado por Oliveir é que a crise econômica atual também é a maior crise que geração atual conheceu. Além disso, é uma crise com sequelas enormes como o desemprego que já é vivenciado, em meio a fechamentos de empresas, interrupção de cadeias produtivas.
“Enfim, é um momento que precisaremos de muita calma, de muita inteligência nesse processo de reconstrução”, disse.
Na visão de Oliveira, a “batalha” entre saúde e economia não existe. Para ele, não se deve estimular, nem imaginar que qualquer defesa da economia possa se sobrepor a qualquer vida. As vidas são muito mais importantes e a economia vive em função da vida e saúde, que “a gente espera que possamos resolver o mais rapidamente possível todas essas questões de saúde para que a economia possa ser retomada.
O diretor do Sebrae contou que, em conversa com professores da Universidade Nacional de Brasília (UNB), explanou não adiantar fazer discussões se o vetor vai ser em “U”, “V” ou em “L”.
“Pode ser em ‘W’, porque podemos abrir e fechar, abrir e fechar por causa da saúde. O mais importante é que preservemos as vidas, proteja as pessoas, porque depois, seguramente, vamos ter uma reconstrução para nossa economia. Isso não quer dizer abandonar as nossas empresas. No paralelo precisamos ter cuidados e cautelas, principalmente com os menores, pequenininhos, que estão passando por um processo cruel nessa crise de estar vendo seu patrimônio, seu negócio, derreter e seu sonho ir para o espaço”, recomendou
PJs precisam respirar
Ao traçar paralelo com o tratamento utilizado para a Covid-19, Oliveira cita um equipamento imprescindível para casos graves da doença.
“É preciso resgatar. Os nossos PJs estão precisando respirar e não têm respiradores para todos eles. Precisamos resgatar nossa economia para o bem de todos nós, dos nossos empregos, nossas famílias. Hoje, a economia está precisando de socorro.
