Cigarro não previne ou trata o coronavírus, como sugeriu um estudo

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
[views count="1" print= "0"]
Pesquisa que associa o cigarro a um menor risco de infecção por coronavírus é cheio de falhas. (Foto: Dercilio/SAÚDE é Vital)
[tta_listen_btn listen_text="Ouvir" pause_text="Pause" resume_text="Retomar" replay_text="Ouvir" start_text="Iniciar" stop_text="Parar"]

 

Pesquisa associa o tabagismo a uma menor probabilidade de Covid-19 e defende experimentar o uso de nicotina em humanos para tratá-la.

Um estudo francês divulgado no 22 de abril chamou atenção por associar o cigarro a um menor risco de infecção por coronavírus (Sars-CoV-2). Mas o trabalho apresenta limitações consideráveis e ignora evidências científicas que apontam no sentido oposto.

De quebra, no dia 23 de abril, dois autores do mesmo trabalho publicaram, em conjunto com outros dois cientistas, um artigo em que utilizam esse levantamento e outros argumentos para defender testes clínicos com o uso de nicotina para o tratamento e mesmo para a prevenção da Covid-19. Só tem um porém: um dos indivíduos que assina esse comentário é o neurobiólogo Jean-Pierre Changeaux, que já foi financiado pela indústria do tabaco, segundo uma reportagem do jornal francês Le Monde, publicada em 2012.

A suposta associação entre tabagismo e menor risco de coronavírus

De antemão, um alerta: a pesquisa francesa não foi avaliada por outros especialistas antes de ser divulgada. Esse processo é importante para que a metodologia do experimento, a coleta dos dados e outras informações sejam esmiuçadas criteriosamente antes que os resultados ganhem os holofotes.

“Isso já é altamente criticável. Sem revisão de pares, é difícil confiar nos dados apresentados”, afirma o pneumologista José Eduardo Afonso Júnior, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

 

Mais lidas

Nota oficial dos presidentes dos três club...
Aluguel Nunca Mais chega a Águas Lindas
Goiás acelera desenvolvimento com inclusão...
...