Coronavírus: como proteger os seus investimentos do sobe e desce da Bolsa

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Pandemia do COVID-19 desestabilizou a economia mundial e, em uma semana, B3 é forçada a paralisar operação quatro vezes.

 

São Paulo – Mais do que uma questão de saúde, a pandemia do Coronavírus também afetou negativamente a economia mundial. Na segunda-feira (9), os investidores acordaram com a notícia da queda de mais de 20% no preço do barril de petróleo.

Embora a oscilação no valor da commodity seja antiga, os preços internacionais vêm caindo por conta dos impactos do COVID-19 na demanda mundial e isso se intensificou na sexta-feira (6) após a Rússia se opor à proposta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) de reduzir a produção.

Como resultado, as bolsas de todo o mundo começaram a apresentar quedas. A B3, de São Paulo, por exemplo, acionou o circuit breaker (entenda mais abaixo), quando as negociações foram suspensas após o Ibovespa cair 10,02%. O cenário voltou a se repetir na quarta (11) e quinta-feira (12) – nesta última, o mecanismo de proteção do mercado foi acionado duas vezes após quedas de mais de 11% e 15%.

Muita calma nessa hora

O sobe e desce da Bolsa, definitivamente, não é para aqueles de coração fraco – ainda mais em momentos excepcionais pelos quais estamos passando. No entanto, Gustavo Aranha, sócio e diretor de distribuição da GEO Capital, recomenda calma e cautela para aqueles que estão perdendo dinheiro com os investimentos em renda variável.

“É importante entender que estamos em um momento no qual o mercado está em pânico, e emoção e investimentos não combinam. Por isso que existe o circuit breaker, para deixar as pessoas pensarem em momento de estresse”, afirma. O conselho é não resgatar o dinheiro investido e confiar nas decisões tomadas antes da queda. “Não é para ficar acompanhando as variações ou ficar olhando o saldo”.

Segundo ele, diferentemente do que aconteceu na Crise de 2008 – quando os bancos norte-americanos quebraram -, hoje, a crise está extrapolou o quesito econômico. “A vida das pessoas fora do mercado financeiro está sendo afetada por tudo isso. Você sai na rua e há pessoas doentes, empresas em quarentena, além do que é dito nas redes sociais e nas fake news. E gera esse pânico. Uma coisa retroalimenta a outra”.

Gustavo ressalta ainda que é muito difícil fazer qualquer tipo de previsão de como a economia irá se comportar a curto prazo. Por se tratar de um vírus novo, é difícil determinar os próximos passos ou o que pode acontecer nos próximos seis meses. “Tem que ter sangue-frio”, aconselha.

Momento de aprendizado

Se é possível tirar algo de positivo desse momento, é o aprendizado quando o assunto é investimento. Por conta das reduções na Taxa Selic ao longo de 2019, muitos brasileiros se viram tentados a se aventurar no mundo das ações e conseguiram bons resultados no período.

“O que está acontecendo não é uma pequena volatilidade, isso vai ser lembrado como uma das grandes quedas históricas do mercado financeiro . Quem vai investir em ativos de risco tem que entender que é um investimento de longo prazo. Tem que ter certeza de que não vai precisar daquele dinheiro, porque se retirar antes do esperado, vai ter prejuízo”, afirma o Gustavo.

Ele também lembra da importância de uma carteira de investimentos diversificada não só em renda fixa e variada, mas também em diversificação geográfica. “Por exemplo, mesmo a crise sendo global, o dólar subiu muito. Ou seja, quem tem ativos de empresas internacionais ou em moedas sofre menos”.

O que é circuit breaker

O circuit breaker é um mecanismo utilizado pela B3 para proteger o mercado brasileiro quando ocorrem oscilações muito bruscas. Quando o Índice Ibovespa atinge baixa de 10% em relação ao fechamento do dia anterior, as sessões de compra e venda de ações são interrompidas 30 minutos.

Se após reabrir o pregão, a variação negativa for de 15%, é feita uma segunda interrupção – desta vez de uma hora. Se ao reabrir novamente, o Ibovespa tiver queda de 20%, as atividades são interrompidas por um prazo definido pela B3 e isso é divulgado ao mercado pela Agência Bovespa de Notícias.

 

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