O secretário da Polícia Civil, Marcus Vinícius Braga, convocou uma reunião de emergência com sua equipe e integrantes do Porta dos Fundos, na manhã desta quinta-feira (26). Comando Insurgência Popular Nacionalista da Grande Famílila Integralista Brasileira nega atentado.
Após o encontro, o secretário descartou, em princípio, terrorismo, mas investiga, além da autoria do ataque, o vídeo que circula na internet com imagens atribuindo a ação ao Comando Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira. De acordo com a polícia, o grupo já negou autoria.
“Estamos investigando o crime como explosão e tentativa de homicídio, já que havia um segurança dentro da produtora”, disse Marcus Vinícius.
A polícia recebeu do Porta dos Fundos, nesta quinta-feira, as imagens das câmeras de segurança do prédio da produtora. Com o vídeo, já foi possível saber que quatro homens participaram do ataque: dois em uma moto e outros dois em uma camionete. As placas foram identificadas e os donos dos veículos serão convocados para depor.
O secretário Marcus Vinícius considerou o ataque “gravíssimo”: “Isso não pode ficar impune”.
Nesta quarta-feira (25), outro vídeo circulou na internet atribuindo a autoria da ação ao Comando Insurgência Popular Nacionalista da Grande Família Integralista Brasileira. Mas de acordo com o subsecretário Operacional da Polícia Civil, Fabio Baruck, o grupo negou o ataque.
“O vídeo é verídico, mas não se sabe se realmente foram eles. O grupo, que se diz integralista, já negou a autoria. Alguém colocou o vídeo e o grupo disse que não é deles”, enfatizou o subsecretário.
Segundo Baruck, o Comando já foi investigado em outra ação, mas o subsecretário não deu detalhes sobre o caso.
Na reunião, participaram além de Marcus Vinícius e Baruck, o delegado da 10ª DP, Marco Aurélio Ribeiro e também o ator João Vicente de Castro, do Porta dos Fundos, e seu advogado. De acordo com João Vicente, “o que aconteceu foi atentado contra a liberdade”.
“A gente aqui não tá falando do Porta dos Fundos, está falando sobre liberdade de expressão. Temos um ato violento que aconteceu e que a gente não vai permitir que aconteça. A gente confia totalmente no trabalho da polícia. O Rio não precisa de mais grupos violentos. A gente precisa cortar este mal pela raiz.”
Atentado à liberdade
Nesta quinta-feira, o ator João Vicente de Castro, integrante do Porta dos Fundos, esteve com o advogado do grupo na chefia de Polícia Civil, onde participou de uma reunião com o secretário da pasta, delegado Marcus Vinicius Braga, com o subsecretário de operações Fábio Baruck e com o delegado Marco Aurélio Ribeiro, da 10a DP (Botafogo), que investiga o caso. Ele classificou o episódio como um atentado contra a liberdade de expressão.
“Não estamos falando de um ataque ao Porta dos Fundos. Estamos falando de liberdade de expressão. O Rio não precisa de mais gestos de violência. Precisamos cortar o mal pela raiz. O que aconteceu foi um ato contra a liberdade de expressão”, acentuou o ator.
“É um fato grave que merece ser amplamente investigado para identificar os autores desse ataque”, observou Baruck, acresentando que a Delegacia de Repressão a Crimes de Informática ( DRCI) vai ajudar a 10ª DP nas investigações.
“Não nos vão calar”
O fogo foi contido, segundo a assessoria, por um segurança que estava no prédio. Apenas o quintal e a recepção sofreram danos materiais com o ato.
No filme de 46 minutos, Jesus (Gregorio Duvivier) está prestes a completar 30 anos, e é surpreendido com uma festa de aniversário quando voltava do deserto acompanhado do namorado, Orlando (Fabio Porchat). A sátira com um Jesus gay despertou a ira de alguns setores religiosos, que já pediram a censura da produção.
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