Por Renato Machado
Com a popularidade nas alturas, é natural a candidatura de Sérgio Moro à presidência da república.
Para se ter uma ideia, Sérgio Moro conforme todas pesquisas recentes teria mais votos do que o seu atual chefe, o presidente Jair Bolsonaro, se as eleições fossem hoje.
Não adianta criar expectativas em relação a Sérgio Moro se tornar candidato a vice-presidente da República em 2.022, isso seria um tiro no pé e seria também colocar um político de maior expressão (que abandonou a carreira vitalícia da Magistratura) abaixo de quem possui extrema rejeição. Esse fenômeno nunca aconteceu no meio político, e não é agora que vai acontecer. Quem tem mais viabilidade eleitoral é o candidato e ponto final.
Também seria inviável tentar colocar Sérgio Moro como candidato a uma vaga de ministro do Supremo terminal Federal, isso porque o atual ministro da justiça tem criticado veementemente a Corte Constitucional brasileira e tem também se afastado desse objetivo.
O melhor caminho para o futuro do Sérgio Moro, portanto, deverá ser candidato ao posto máximo da nação brasileira.
Ocorre, porém, que Jair Bolsonaro sabe dessa situação incômoda e tem duas opções:
a) ou demite o mais rápido possível Sérgio Moro do Ministério da Justiça e coloca sua militância para atacá-lo desde já, para que haja tempo hábil de destruir sua popularidade, como fez com o governador Witzell do RJ. A tendência nesse caso será aumentar e rejeição de Sérgio Moro de 22% para 46%;
b) ou aceita que o ex-juiz Federal merece ocupar o lugar de líder máximo do grupo político da extrema direita brasileira.
São duas opções contrastantes, mas Bolsonaro proclamou seu suicídio político de longo ao convidar Sérgio Moro para o Ministério da Justiça.
E, caso uma reviravolta aconteça e Sérgio Moro seja aprovado pelo Senado para ocupar um cargo de Ministro do STF, Jair Messias terá problemas ainda maiores relacionados à ingratidão e traição.
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