Proposta do governador João Dória atenderá 148 mil policiais militares, 46 mil civis e 34 agentes penitenciários. Impacto no orçamento de 2020 será de R$ 1,5 bilhão. Categorias ficaram descontentes.
A Assembleia Legislativa de São Paulo aprovou na noite desta terça-feira (26) o projeto de lei complementar que estabelece aumento de 5% nos salários dos policiais militares, civis e agentes de segurança a partir de janeiro de 2020.
Para que o aumento seja efetivado, a medida ainda precisa ser sancionada pelo governador. Os deputados destacaram a reação decepcionada das categorias com o percentual de aumento proposto.
“Os projetos decepcionaram as categorias, mas eu entendo que os deputados tem dois caminhos: ou aprovam essas melhoras, ainda que não sejam satisfatórias, ou recusam essas melhoras prejudicando os funcionários. Portanto, eu entendo que se vem um projeto dando 5% de aumento, e nós obstruirmos o projeto, nós prejudicamos os policiais”, disse a deputada Janaina Paschoal (PSL), de acordo com o divulgado pela comunicação da Assembleia
Golpe do governador
O deputado Paulo Fiorilo (PT) também criticou a margem de aumento. “O governo aplicou um golpe nos militares, policiais civis e nos agentes penitenciários, porque ele prometeu o melhor salário do país e propôs um aumento de 5%. É um absurdo e o próprio impacto mostra que está muito aquém daquilo que o governo poderia investir. Infelizmente o governador não está cumprindo a palavra dele”, disse.
Não resolve
Em nota na oportunidade, a Associação dos Oficiais Militares do Estado de SP (Defenda PM) disse que o reajuste não resolve a necessidade da corporação, que acumula defasagem salarial nos últimos anos.
Já o Sindicato dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo (Sindpesp) afirmou que anúncio “prova que os policiais não são vistos, pelo governo, como importante atores das garantias dos direitos do cidadão”.
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