Paulo Guedes defende “democracia responsável”

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O ministro da Economia também afirmou não ser inteligente se fazer protestos, pois convulsão social assusta os investidores, sem citar Lula.

Um dia depois de afirmar que não deveria surpreender caso alguém peça um novo AI-5, o ministro Paulo Guedes defendeu que se pratique uma “democracia responsável” no País. Mais cedo, a fala sobre o AI-5 foi criticada por autoridades como o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o presidente da Câmara, Rodrigo Maia.

“Acho que devemos praticar uma democracia responsável. Vamos jogar o jogo democrático corretamente. Daqui a três anos você volta e muda”, disse Guedes, em referência às futuras eleições presidenciais.

“Sabe como jogar democracia? Espere a próxima eleição, não precisa quebrar a cidade. Isso assusta os investidores, acho que não ajuda nem a oposição, é estúpido”, completou Guedes, em Washington.

Após ser solto, o ex-presidente Lula convocou a juventude a protestar e declarou que “um pouco de radicalismo faz bem à alma”, sem citar a expressão “quebrar a rua”. Na manhã de segunda, em coletiva de imprensa, o ministro afirmou que as pessoas “não deveriam se assustar se alguém pedir o AI-5” diante de convocação de manifestações por lideranças da esquerda.

Há cerca de um mês, o filho do presidente, deputado Eduardo Bolsonaro, defendeu medidas como “um novo AI-5” para conter manifestações de rua, caso “a esquerda radicalizasse”.

A declaração de Guedes foi dada enquanto o ministro explicava que há preocupação no Planalto com o ritmo das reformas econômicas diante dos protestos de rua em outros países da América Latina.

Nesta terça (26), ao chegar ao evento em Washington, Guedes não respondeu a questionamentos da imprensa sobre o assunto. Questionado na palestra sobre o que pensa das manifestações em países da região, o ministro reafirmou que o tema coloca em alerta o calendário das reformas econômicas.

“Pessoas vão na rua em paz, pessoas vão para a rua pedir, isso é democracia. As pessoas têm direito de pedir, fazer barulho, pedir coisas, não há problema em manifestações públicas. Mas claro que a inteligência política dos políticos fazem esses cálculos, ‘será que devo continuar com isso’?”, afirmou.

Ainda durante sua apresentação, o ministro afirmou que a democracia do país é “vibrante” e chamou de “barulho” críticas ao governo. “Estamos transformando o estado brasileiro. É um trabalho difícil (…). O que vocês estão ouvindo ‘é uma bagunça, convulsão social’, não prestem atenção. Há uma democracia vibrante”, afirmou.

“A democracia brasileira nunca foi tão forte, poderosa, vibrante, não há escândalo de corrupção, os crimes caíram”, disse. “Toda informação tem o sentido e o barulho. O que vocês ouvem é barulho, não é o que está acontecendo lá embaixo”, disse o ministro sobre o Brasil.

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