PM do DF é condenado pelo júri popular a 19 anos de prisão por feminicídio

Compartilhar:
Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Telegram
[views count="1" print= "0"]
[tta_listen_btn listen_text="Ouvir" pause_text="Pause" resume_text="Retomar" replay_text="Ouvir" start_text="Iniciar" stop_text="Parar"]

O Tribunal do Júri de Ceilândia, no Distrito Federal, condenou nesta quarta-feira (29) o policial militar Jailson Ferreira Guedes a 19 anos e 6 meses de prisão pelo crime de feminicídio. Ele foi considerado culpado pelo homicídio qualificado da mulher em 2015.

Jailson, de 52 anos, foi condenado por feminicídio, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e porte ilegal de arma – qualificadores que aumentaram a pena. Desde que cometeu o crime, ele está preso no Núcleo de Custódia da PM.

O advogado do militar, Alex Alves de Oliveira, disse que vai recorrer da decisão. Ele alega que a pena imposta ao cliente foi exagerada e que o júri não reconheceu que Jailton estava sob domínio de forte emoção quando cometeu o crime.

O crime aconteceu em 15 de abril de 2015 em Ceilândia. Reformado da PM, Jailson atirou várias vezes contra a mulher, Neide Rodrigues Ribeiro, após uma discussão. Ela também era militar reformada e morreu na hora.

Após matar a esposa, o assassino tentou se matar com um tiro na cabeça, mas o disparo pegou de raspão. Em depoimento, ele disse que atirou em Neide depois de ela ter dito que “ele não era homem para matá-la”.

Um vizinho contou à polícia que ouviu quatro disparos depois de uma discussão. Segundo a testemunha, a mulher recebeu a visita de um caminhão de mudanças horas antes de morrer. Outra testemunha afirmou que Neide queria a separação e planejava sair de casa.

Por ser crime hediondo, se condenado por feminicídio, Jailson deve cumprir metade da pena detido, para só então solicitar progressão de regime. Até a publicação desta reportagem o G1 não conseguiu contato com a defesa do acusado.

Feminicídio

Jailson foi condenado com base na lei que aumenta a pena para quem assassina mulheres por razões de gênero, o que passou a ser considerado crime hediondo. A regra foi sancionada pela ex-presidente Dilma Rousseff em 9 de arço de 2015.

Na próxima segunda, o Tribunal de Justiça do DF irá julgar outro caso semelhante. Sentará no banco dos réus o ex-estudante Vinícius Neres, de 20 anos, acusado de matar a ex-namorada Louise Ribeiro na Universidade de Brasília (UnB).

O suspeito, que foi desligado da UnB após o crime, foi preso em 11 de março de 2016, horas após a descoberta da morte de Louise. Ele aguarda o julgamento na prisão. Neres chegou a confessar a autoria do assassinato à Polícia Civil.

O ex-estudante responde por homicídio qualificado, com quatro agravantes: motivo fútil, uso de recurso que dificulta a defesa da vítima, asfixia e feminicídio. O réu também foi denunciado por ocultação de cadáver.

Fonte: G1

Mais lidas

Raad Massouh se filia ao Partido Mobiliza ...
Flávio Bolsonaro na disputa escancara as r...
Aprovação de Caiado dispara e chega a 85,6%
...