A justiça do Distrito Federal adiou nesta segunda-feira (20), para o dia 8 de maio, o julgamento do ex-dono da Gol, Nenê Constantino, e de outros quatro réus por um homicídio em 2001. O processo corre em sigilo, e deve voltar a ser analisado no Tribunal do Júri de Taguatinga. Os cinco citados negam envolvimento no crime.
O adiamento do júri foi solicitado pelo Ministério Público do DF, que pediu mais prazo para analisar novos documentos anexados ao processo. O advogado de Constantino, Pierpaolo Bottini, afirma em nota que os papeis juntados à ação são “indispensáveis para que o caso seja julgado com Justiça”.
“A defesa juntou documentos na maior parte públicos e indispensáveis para o julgamento. Não há nenhuma cópia de algo que já constava dos autos”, diz o advogado, em nota divulgada pelo escritório. Segundo ele, a defesa foi “obrigada” a anexar os documentos porque o MP cita, no processo, que Constantino já foi acusado por outra tentativa de homicídio. De acordo com Bottini, ele foi inocentado neste processo.
Segundo o MP, a defesa de Constantino anexou 28 volumes ao processo no último dia 15, a cinco dias do início do julgamento. Somadas, as pastas continham mais de 5 mil páginas. O promotor do MP que acompanha o caso, Marcelo Leite, pediu que os documentos fossem retirados, mas a solicitação foi negada.
Em seguida, Leite pediu à Justiça que remarcasse o julgamento, para que ele e os advogados dos outros réus tivessem tempo de analisar os novos papéis. A requisição foi apresentada na última sexta (17) e aprovada nesta segunda, já na sala de julgamentos.
O empresário Nenê Constantino, hoje com 86 anos, é acusado de mandar matar o líder comunitário Márcio Leonardo de Sousa Brito, de 27 anos, que ocupava um terreno dele. Ele responde por homicídio qualificado, com pena prevista de 12 a 30 anos de prisão.
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