A deputada distrital Telma Rufino (Pros) disse nesta quinta-feira (9) que vai recorrer da decisão de primeira instância, e pedir a suspensão das punições até uma nova análise do caso. Ela é acusada de autorizar 700 construções particulares no Setor Arniqueiras, em Águas Claras, quando era gerente da administração regional da área – contrariando decisão da Justiça Federal que impedia as obras.
Segundo a parlamentar, as construções eram necessárias porque casas de região poderiam desabar. Ela diz que foi levada a agir “olhando para o lado humano”, mesmo sabendo que os projetos não poderiam receber o aval da administração.
“Na época, se eu não tivesse feito isso, as famílias teriam a casa levada pela erosão”, declarou a distrital. “Eu nem era deputada. A decisão foi para cobrir danos ao meio ambiente e evitar uma tragédia. Não tive enriquecimento ilícito algum nem dei prejuízo ao erário.”
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), em 12 meses, ela emitiu uma série de autorizações para obras particulares em condomínios de Arniqueiras, incluindo construção de piscinas e churrasqueiras, erguimento de muros e serviços de pintura e jardinagem.
O problema é que, de acordo com a ação do MPF, essas permissões contrariavam uma decisão provisória de dezembro de 2008, emitida pela 20ª Vara Federal, que vetava qualquer avanço de construções naquela região. As exceções valiam apenas para reparo dos imóveis existentes e obras de conservação ambiental.
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Lista de obras autorizadas por Telma Rufino na administração de Águas Claras, entre 2009 e 2010 (Foto: MPF/Divulgação)
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