A escolha de um novo presidente para o país, cujos desdobramentos provocaram uma verdadeira montanha-russa no mercado financeiro, afetou a estratégia da maioria dos investidores brasileiros. Segundo pesquisa da gestora de recursos americana Legg Mason, para 83% dos investidores, a eleição teve influência moderada (51%) ou alta (32%) em suas aplicações. Apenas 10% afirmaram que o evento teve pouco impacto e 7% não mudaram sua alocação de recursos.
As mudanças norteadas pelas eleições foram muito mais defensivas do que agressivas – ou seja, mais focadas em minimizar perdas do que em turbinar ganhos.
“Foi uma eleição muito polarizada e com elementos novos, como a agregação de mídias sociais”, observa Roberto Teperman, diretor de vendas da Legg Mason. “Com tamanha volatilidade, vimos muitos investidores e gestores diminuindo exposição em Bolsa ou migrando para ações com proteção em dólar.”
Além do mercado acionário, a cautela também pôde ser observada na renda fixa – como investidores que optaram por títulos atrelados à Selic em vez de papéis prefixados. “Não se sabe o que pode acontecer. Com todo esse risco, muita gente quer ‘dormir’ no pós-fixado”, observa Willian Eid, professor da FGV.
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