Prefeito de Turilândia, Paulo Curió, se entrega à polícia em São Luís e é preso na Operação Tântalo II, que investiga desvio de mais de R$ 56 milhões
O prefeito de Turilândia (MA), Paulo Curió (União), foi preso na quarta-feira (24) após se apresentar à polícia em São Luís, dois dias depois de ser considerado foragido. A detenção integra a Operação Tântalo II, que apura um esquema milionário de desvio de recursos públicos no município.
Além do prefeito, também se entregaram a primeira-dama, Eva Curió; a ex-vice-prefeita Janaína Lima; o marido dela, Marlon Serrão; e o contador da prefeitura, Wandson Jhonathan Barros.
Segundo o Ministério Público do Maranhão (MPMA), o grupo faria parte de uma organização criminosa responsável por desviar mais de R$ 56 milhões dos cofres municipais entre 2021 e 2025. As investigações incluem ainda a vice-prefeita Tânia Mendes (PRD), 20 vereadores, um ex-vereador, servidores públicos, empresários e outros agentes políticos. Alguns vereadores investigados tiveram a prisão convertida em domiciliar.
Como funcionava o esquema
De acordo com o MPMA, o esquema seria liderado por Paulo Curió, com participação direta da vice-prefeita Tânia Mendes e da ex-vice-prefeita Janaína Lima. Empresas de fachada eram utilizadas para fechar contratos fraudulentos com a prefeitura e, assim, desviar recursos.
Um dos principais alvos é o Posto Turi, de propriedade de Marlon Serrão, que teria recebido mais de R$ 17 milhões da administração municipal. Parte dos valores, segundo as investigações, era usada para despesas pessoais da ex-vice-prefeita, enquanto o restante seria distribuído entre o prefeito e aliados.
A operação cumpriu 51 mandados de busca e apreensão e 21 mandados de prisão em várias cidades do Maranhão. Os investigados podem responder por organização criminosa, fraude em licitação, corrupção, peculato e lavagem de dinheiro.
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