Bahamas viram palco da consagração do pôquer brasileiro
Por Simone Salles
A série mundial de pôquer, WSOP Paradise 2025, disputada nas Bahamas, reuniu a elite mundial do jogo e revelou o protagonismo do Brasil. Os jogadores acumularam resultados inéditos, prêmios milionários e atuações que reposicionam o país no topo do cenário internacional.
O Super Main Event de US$ 25.000, maior torneio da WSOP Paradise 2025, terminou com o título do austríaco Bernhard Binder, que superou um field recorde de 2.891 entradas. No heads-up, Binder derrotou o bilionário francês Jean-Noel Thorel após mais de três horas de confronto direto e garantiu o prêmio máximo de US$ 10 milhões, além do bracelete mais valioso da série.
Ao longo do festival, jogadores brasileiros conquistaram cinco premiações acima de US$ 1 milhão, todas elas entre as dez maiores da história nacional no pôquer ao vivo. O desempenho coletivo foi acompanhado por mais um feito simbólico: João Simão alcançou seu terceiro bracelete da WSOP, consolidando-se como um dos maiores nomes do pôquer mundial e um dos principais na história do Brasil.
A sequência histórica começou cedo, quando Pedro Padilha alcançou o vice-campeonato do Triton Main Event de US$ 100 mil, faturando US$ 3,16 milhões e, naquele momento, registrando a segunda maior premiação já obtida por um brasileiro.
Poucas horas depois, o pôquer brasileiro protagonizou uma cena rara: três brasileiros decidiram juntos um torneio valendo bracelete. No Evento #10 Triton NLH 8-Handed de US$ 125 mil, João Simão, Felipe Boianovsky e Yuri Martins chegaram ao 3-handed final, garantindo que o título ficaria com o Brasil. Simão saiu campeão e embolsou US$ 3,067 milhões, Boianovsky ficou com US$ 2,131 milhões, e Yuri Martins conquistou seu primeiro prêmio de sete dígitos, levando US$ 1,409 milhão.
No maior torneio da série, o Super Main Event de US$ 25 mil, Belarmino de Souza voltou a colocar o Brasil na mesa decisiva e encerrou sua campanha em terceiro lugar, com uma premiação de US$ 4 milhões. O resultado tornou-se a segunda maior forra da história do pôquer brasileiro, ficando atrás apenas do recorde de Marcelo Aziz, que havia faturado US$ 4,6 milhões na edição anterior do mesmo evento.
O Brasil manteve presença constante nas mesas finais. Felipe Mojave ficou muito perto de conquistar seu primeiro bracelete ao terminar vice-campeão do Evento #12 US$ 10 mil 8-Game, enquanto Iago Botelho, já campeão da WSOP em 2025, chegou à mesa final do GGMillion$ de US$ 25 mil e terminou em quarto lugar. Outros destaques incluíram grandes resultados de Kelvin Kerber, Larissa Hauagge, Roger Ruivo e novas mesas finais de Yuri Martins.
O brilho verde e amarelo também se estendeu ao online. Enquanto jogava do salão da WSOP Paradise, Gustavo Campos conquistou o título do tradicional GGMillion$ de US$ 10.300 na GGPoker, levando o título e a recompensa de US$ 223.824.
Com recordes quebrados, braceletes somados e o maior número de prêmios milionários já registrados em uma única edição, a WSOP Paradise 2025 simboliza mais do que um grande resultado: marca a consolidação do Brasil como potência global do pôquer. O desafio agora é manter o nível, e, se depender do que foi visto nas Bahamas, o futuro promete ser ainda maior.
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