Por Carlos Arouck
A economia brasileira perdeu força. No terceiro trimestre, o PIB cresceu apenas 0,1%, um desempenho praticamente nulo. Isso se traduz em menos produção, menos empregos e menos renda. Com esse resultado, o Brasil saiu da lista das dez maiores economias do mundo.
Enquanto a economia patina, a dívida pública continua subindo. Em outubro, ela se aproximou de 80% do PIB. Quanto maior a dívida, maior o gasto com juros e menor o espaço para áreas essenciais como saúde, educação e segurança.
O rombo fiscal é muito maior do que se imaginava. O desgoverno Lula já supera R$ 150 bilhões fora da meta fiscal. É um descontrole evidente. Não existe país que suporte, por muito tempo, tamanha irresponsabilidade e gastança sem pagar um preço alto em juros, inflação e desemprego.
Em vez de enfrentar o problema pela raiz, com corte de gastos e melhor gestão, o governo optou por aumentar impostos. O efeito é imediato: sobra menos dinheiro para famílias e empresas. O consumo cai, o investimento diminui e o crescimento fica ainda mais fraco.
O problema do Brasil não é arrecadação insuficiente. É gasto excessivo, desperdício e má administração. Elevar impostos apenas transfere a conta para quem trabalha e produz.
Fernando Haddad, ministro da Fazenda, conduz a política econômica. O discurso fala em responsabilidade fiscal, mas a prática mostra expansão de despesas e criação de novos tributos. O novo arcabouço fiscal permite que os gastos cresçam sem um freio claro. Sem controle, a dívida avança e a confiança recua.
Com a confiança abalada, os juros seguem elevados. Juros altos encarecem o crédito, aumentam parcelas, desestimulam compras e investimentos e ampliam o desemprego. O impacto chega direto à vida das famílias.
Casos de má gestão se acumulam. Auditorias do Tribunal de Contas apontaram bilhões de reais repassados a projetos culturais sem fiscalização adequada. Em muitos casos, o prazo para cobrança venceu. O dinheiro simplesmente se perdeu.
As estatais também acumulam prejuízos. Os Correios registram perdas crescentes. Quando uma estatal não se sustenta, o rombo é coberto com dinheiro público, pressionando ainda mais a dívida, os impostos e os juros.
O ambiente econômico se deteriora. Pequenas empresas, que concentram a maior parte dos empregos, estão quebrando. Com crédito caro e consumo fraco, muitas não conseguem sobreviver. A inadimplência cresce, famílias se endividam e bancos fecham agências e cortam postos de trabalho.
O governo Lula não apresenta um plano consistente de crescimento. O cenário é de impostos mais altos, inflação pressionada, retomada da tributação sobre combustíveis, estatais deficitárias e uma Selic próxima de 15%. Esse conjunto inviabiliza o sonho da casa própria, do carro novo e até a compra de bens básicos.
Enquanto a população paga a conta, o país convive com instabilidade e incerteza. O discurso de reconstrução não se sustenta diante de déficits bilionários e desorganização fiscal.
O Brasil não deixa de crescer por falta de capacidade. Ele está travado por ideologia, gastos sem controle e aumento contínuo de impostos. O resultado é endividamento das famílias, empresas fechando, inflação persistente e um empobrecimento gradual.
No fim, a conta sempre chega. E quem paga é o trabalhador. Não existe dinheiro público. Existe apenas o dinheiro de quem produz, hoje usado para cobrir erros que não cometeu.
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