Centrão enterra sonhos presidenciais de Tarcísio

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Tarcísio de Freitas e Jair Bolsonaro (Crédito: Alan Santos/PR)
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Por Carlos Arouck

Em um golpe duro para as expectativas do mercado e de parte da centro direita, o senador Ciro Nogueira (PP PI), um dos principais articuladores do Centrão e ex ministro de Jair Bolsonaro, descartou de forma definitiva a candidatura de Tarcísio de Freitas (Republicanos SP) à Presidência da República em 2026.

Em conversa com integrantes do mercado financeiro na terça feira (16/12), Ciro afirmou categoricamente que Tarcísio buscará a reeleição ao governo de São Paulo e que o candidato apoiado por Jair Bolsonaro ao Palácio do Planalto será o senador Flávio Bolsonaro (PL RJ), seu filho mais velho.

A posição reforça a lealdade do Centrão à decisão familiar de Bolsonaro, priorizando a continuidade do bolsonarismo raiz em detrimento de nomes mais moderados ou pragmáticos, como Tarcísio, que era visto por muitos como o candidato mais competitivo para unificar a direita e enfrentar Lula.

Embora Ciro tenha avaliado que Flávio chegaria competitivo, mas acabaria derrotado pelo petista, a sinalização é clara: há respeito à escolha do ex presidente. A família Bolsonaro mantém o controle do espólio político da direita.

Paralelamente, informações indicam que líderes do Centrão, incluindo figuras como Antônio Rueda (União Brasil), Gilberto Kassab (PSD) e Marcos Pereira (Republicanos), discutiram apoio condicional a Flávio em reuniões recentes. Ainda assim, o pragmatismo do grupo sempre favoreceu opções com maior viabilidade eleitoral.

No entanto, com a palavra final de Bolsonaro e o respaldo de caciques como Ciro, o caminho parece pavimentado para Flávio, forçando Tarcísio a concentrar seus esforços em São Paulo, uma estratégia que preserva forças estaduais e evita divisões precoces na oposição.

Mais uma vez, a direita demonstra que a fidelidade ao legado bolsonarista prevalece sobre cálculos frios de poder. Com pesquisas já favoráveis e a tendência de adesão do mercado, a unidade familiar surge não como um risco, mas como um ativo político rumo a 2026.

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