Etanol dispara, assusta motoristas e vira vilão nas bombas

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Foto: Tudo Ok Notícias
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Preço do etanol sobe no DF e em 15 Estados, perde competitividade frente à gasolina e pressiona o bolso dos motoristas, aponta levantamento da ANP

 

O preço do etanol hidratado voltou a subir no país e acendeu o alerta para consumidores e especialistas. Dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), compilados pelo AE-Taxas, mostram que, na última semana, o valor médio do biocombustível aumentou em 15 Estados e no Distrito Federal, recuou em apenas oito e permaneceu estável em três unidades da federação.

Na média nacional, o etanol registrou alta de 0,69%, alcançando R$ 4,39 o litro, movimento que pressiona o orçamento dos motoristas e reduz a atratividade do combustível frente à gasolina. O cenário é ainda mais sensível no Distrito Federal, que apresentou a maior alta percentual do país, com avanço de 6,22%, elevando o preço médio para R$ 4,78.

Em São Paulo, principal produtor e maior mercado consumidor de etanol, o combustível também ficou mais caro, com reajuste de 0,72%, sendo comercializado, em média, a R$ 4,21 o litro. Na outra ponta, a maior queda foi registrada no Rio Grande do Norte, onde o preço recuou 1,12%, chegando a R$ 4,40.

A disparidade de preços entre os Estados chama atenção. O menor valor encontrado em um posto foi de R$ 3,49, em São Paulo, enquanto o maior chegou a R$ 6,49, em Pernambuco. No recorte estadual, Mato Grosso do Sul apresentou o menor preço médio (R$ 4,05), ao passo que o Amapá registrou o mais elevado (R$ 5,79).

Além do aumento, outro fator preocupa os consumidores: a perda de competitividade do etanol em relação à gasolina. Na média nacional, o biocombustível atingiu paridade de 71,04%, índice considerado desfavorável para a escolha pelo etanol. Nessas condições, ele só se mostrou economicamente vantajoso em três Estados — Mato Grosso do Sul (67,95%), Paraná (69,41%) e São Paulo (69,59%).

O cenário reforça a sensação de instabilidade no mercado de combustíveis e levanta questionamentos sobre os impactos do encarecimento do etanol no custo de vida, especialmente em regiões onde o aumento foi mais expressivo, como o Distrito Federal. Para o consumidor, a promessa de um combustível mais barato e sustentável segue, mais uma vez, distante da realidade nas bombas.

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