Alexandre de Moraes determina análise completa do diagnóstico usado pela defesa para pedir prisão domiciliar do general condenado por tentativa de golpe
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que a Polícia Federal (PF) realize uma perícia no laudo médico que aponta diagnóstico de Alzheimer para o general Augusto Heleno. O prazo para a conclusão da avaliação é de 15 dias.
O documento foi apresentado pela defesa para embasar o pedido de prisão domiciliar do militar, detido desde a última terça-feira (25) no Comando Militar do Planalto, em Brasília, após ser condenado a 21 anos de prisão pela tentativa de golpe de Estado.
No despacho, Moraes ordena que a PF faça uma avaliação “clínica completa, inclusive histórico médico, exames laboratoriais — como função tireoidiana e níveis de vitamina B12 —, exames neurológicos e neuropsicológicos e, se necessário, exames de imagem, como ressonância magnética e PET”. O ministro determina ainda que sejam verificadas a memória, demais funções cognitivas e “eventual grau de limitação funcional decorrente das patologias identificadas”.
A defesa afirmou inicialmente que Heleno convivia com sintomas da doença desde 2018. Após pedido de esclarecimentos por parte do relator, corrigiu a informação e disse que o diagnóstico conclusivo foi estabelecido apenas neste ano.
Relatórios médicos anexados ao pedido de prisão domiciliar indicam que o general foi diagnosticado com demência mista em janeiro de 2025. Os documentos apontam também quadros de transtorno depressivo e transtorno de ansiedade.
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