Ela foi minha professora!!

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Por José Gadêlha Loureiro*  

O Magistério, antes de ser uma vocação, é e será sempre uma profissão. O professor é aquele ser humano formado diuturnamente para os desafios que se lhes impõe cada momento da vida. Não pode ser uma mera formação – até porque ninguém nasce pronto e acabado; não há um “acabamento” da vida profissional; alguém está sempre aprendendo; e o aprender caracteriza a formação do magistério – antes, durante e depois da academia.

 

A professora e o professor apresentam o mundo de forma organizada cognitivamente aos estudantes – seja nas ciências humanas ou da natureza; nas linguagens e na matemática. A vocação pode ser um ponto; jamais será um principio deontológico da formação. A carreira exige leitura permanente, conhecimento e domínio cognitivo à área de atuação – nunca um mero querer. Exige também uma residência pedagógica – interação com alunos durante a formação. Este constitui o cerne do magistério.

 

Quando se diz que a profissão do magistério forma todas as outras profissões, é porque ao apresentarem as condições sobre as quais o mundo se sustenta, professor e professora apontam perspectivas e possibilidades da vida. A profissão do magistério não pode ser maculada e nem confundida com os coachs, influencers ou quaisquer parafernálias digitais.

 

Desde o uso do giz, pincel, computador, dataShow, celular – todas essas tecnologias -, a maior de todas é sua formação. Não existem professoras e professores analógicos e professoras e professores digitais. Isso é discurso de quem quer transformar a Educação Pública em mercadoria – tão ao sabor dos tempos neoliberais. A maior de todas as tecnologias de que um país pode dispor – sem desprezar nenhum aparato tecnológico – é de um professor preparado diuturnamente, qualificado e bem remunerado –, atuando numa Escola Pública devidamente equipada e de período integral. O resto, proclamações vazias e “conversa mole para boi dormir”, como se diz no nordeste e nos gerais de Guimarães Rosas – ao sabor do nosso jagunço filósofo, Riobaldo Tatarana.

 

*José Gadêlha Loureiro, professor de História e Secretário Geral da ADEEP-DF (Associação de Diretores e Ex-diretores das Escolas Públicas da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal). Siga-nos – Instagran: @ prof.josegadelha

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