Comissão investiga falhas sistêmicas e suposta omissão de gestores que permitiram a atuação de quadrilhas contra aposentados e pensionistas
A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura a gatunagem no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) ouve nesta segunda-feira (13) o ex-presidente do órgão, Alessandro Antonio Stefanutto, e o ex-diretor de Benefícios, André Paulo Félix Fidelis. Os depoimentos estão marcados para começar às 16h.
Stefanutto foi exonerado do cargo em abril, logo após a Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal em parceria com a Controladoria-Geral da União (CGU), revelar um esquema de fraudes em descontos indevidos aplicados a aposentados e pensionistas.
O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Pode-MG), afirmou que há fortes indícios de omissão administrativa durante a gestão de Stefanutto, que teriam permitido o avanço das irregularidades. Segundo o parlamentar, a apuração aponta para falhas sistêmicas e vulnerabilidades exploradas por quadrilhas para realizar cobranças fraudulentas em benefícios previdenciários.
“Durante sua gestão, foi autorizado o uso de um sistema paralelo de biometria, sem homologação adequada e sem garantias de segurança, permitindo a ocorrência de descontos indevidos em benefícios previdenciários”, destacou Viana.
A comissão pretende esclarecer a responsabilidade dos ex-gestores e identificar mecanismos de controle falhos que possibilitaram a ação criminosa dentro da estrutura do INSS.