Defesa pede ao STF autorização para visitas políticas a Jair Bolsonaro
A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para que ele receba a visita de aliados, enquanto cumpre prisão domiciliar em Brasília. Entre os nomes indicados estão o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, o líder do partido na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, o senador Márcio Bittar (União-AC) e o vereador Gilson Machado (PL-PE), filho do ex-ministro do Turismo homônimo.
Bolsonaro foi condenado em setembro a 27 anos e três meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, mas permanece em regime domiciliar por determinação em outro inquérito. Nesse caso, ele é investigado pelo ministro Alexandre de Moraes por suposta atuação contra a soberania nacional, em articulação com seu filho, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos desde março.
Os advogados afirmam que as visitas têm caráter pessoal e político, sob “necessidade de diálogo direto com o peticionante [Bolsonaro]”. A decisão sobre autorizar ou não os encontros caberá a Moraes. Atualmente, o ex-presidente cumpre as restrições em sua casa no Jardim Botânico, área nobre de Brasília, onde está monitorado por tornozeleira eletrônica e proibido de acessar redes sociais.
No julgamento de setembro, Bolsonaro foi condenado ao lado de outros sete réus por conspirar para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O STF ainda definirá se a pena será cumprida em regime fechado ou domiciliar.
Na última segunda-feira (29), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), visitou Bolsonaro pela primeira vez desde a condenação. O encontro, que também contou com a presença do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), ocorre em meio a especulações sobre a eventual candidatura de Tarcísio à Presidência em 2026.