Seap admite falhas no monitoramento da casa de Bolsonaro e envia explicações ao STF
A Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal (Seap) enviou nesta quarta-feira (24) as explicações solicitadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), sobre possíveis falhas no monitoramento da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que cumpre prisão domiciliar.
Na última sexta-feira (19), Moraes havia requisitado informações detalhadas sobre a entrada e saída de veículos na residência em 12 de setembro, um dia após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pela Corte. O ministro determinou que todos os veículos do imóvel e de visitantes sejam inspecionados por policiais penais responsáveis pela fiscalização.
De acordo com a Seap, às 13h16 dois seguranças do ex-presidente deixaram a residência em um Jeep Compass e retornaram dez minutos depois acompanhados de um terceiro segurança. No relatório, entretanto, eles foram registrados apenas como “pessoas”, sem a identificação nominal.
Já às 16h22, outro deslocamento do veículo não teve detalhamento sobre os ocupantes e tampouco contou com imagens da inspeção. Para suprir a falha, um agente precisou ir até a administração do Condomínio Solar de Brasília, onde Bolsonaro mora, a fim de obter os registros, que não foram entregues de imediato pelo condomínio.
Apesar dos erros formais, a Seap afirmou que as falhas não comprometeram o monitoramento da residência. “A ausência de identificação nominal não comprometeu o objetivo principal da vistoria veicular, havendo apenas a não indicação dos passageiros e do condutor, devidamente informados no relatório apresentado”, declarou a pasta ao STF.
Prisão domiciliar
Desde 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por decisão de Alexandre de Moraes, no inquérito que apura a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos em defesa da aplicação da Lei Magnitsky e de sanções do governo norte-americano contra o Brasil.