Intenção de consumo das famílias recua após três meses de alta

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Intenção de Consumo das Famílias do Distrito Federal (ICF-DF), medida pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), registrou retração de -1,1% em agosto, já descontados os efeitos sazonais, após três meses consecutivos de crescimento. A queda atingiu sete dos oito itens da pesquisa, tanto na comparação mensal quanto na anual. Com isso, o índice geral saiu de 106 pontos, em julho, para 104,8 em agosto – menor resultado desde novembro de 2024.

Na variação mensal, apenas o item renda atual avançou (0,2%). Todos os demais apresentaram retração, com destaque para momento para aquisição de bens duráveis (-5,8%) e perspectiva profissional (-4,5%). Também caíram nível de consumo atual (-2,9%), acesso ao crédito (-1,5%), emprego atual (-0,6%) e perspectiva de consumo (-0,6%).

Apesar da queda, entre os sete subindicadores, quatro ainda estão em nível de satisfação (acima de 100 pontos): emprego atual (139,8), renda atual (140,0), perspectiva profissional (111,0) e perspectiva de consumo (118,0). Os demais ficaram abaixo desse patamar.

Na comparação anual, apenas o emprego atual cresceu (1,5%). O indicador geral recuou -4,2%, refletindo um cenário de cautela, pressionado sobretudo pela queda no acesso ao crédito (-12,2%) e no momento para aquisição de bens duráveis (-18,6%).

Segundo o presidente do Sistema Fecomércio-DF, José Aparecido Freire, a retração reflete fatores como a taxa Selic a 15% ao ano, a inflação acumulada de 5% e os juros reais próximos de 10%, além do endividamento no cartão de crédito, da inadimplência e da piora na percepção sobre emprego e crédito. “Esses elementos inibem fortemente a intenção de consumo das famílias em agosto”, avalia.

Comparação nacional
Apesar da queda, o ICF-DF segue acima da média nacional. Em agosto, as curvas se aproximaram, com 104,8 pontos no DF contra 102,5 no Brasil, menor diferença desde novembro de 2024.

A análise da série histórica mostra relativa estabilidade no índice nos últimos quatro meses, oscilando entre 103,2 e 103,6 pontos. Esse desempenho é sustentado pelas famílias com renda acima de 10 salários-mínimos (117,0 pontos), bem acima do nível de satisfação. Já entre os que recebem até 10 salários, o índice caiu para 97,4 pontos, abaixo do patamar considerado positivo.

 

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