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Ibaneis rejeita evento com Lula e cobra retratação por acusações sobre 8 de janeiro
Desde que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), arquivou o inquérito que investigava o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), por suposta omissão nos atos de 8 de janeiro de 2023, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não recuou de suas acusações. Lula teria apontado o governador como cúmplice dos ataques à Praça dos Três Poderes, sem posteriormente reconhecer o erro ou se retratar.
Além da ausência de um pedido de desculpas, Ibaneis vê no governo federal tentativas de enfraquecer o Distrito Federal, como a imposição de restrições ao Fundo Constitucional do DF — recurso essencial para a segurança, saúde e educação da capital, financiado pela União.
Em resposta à postura do presidente, Ibaneis recusou um convite para o evento da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nesta segunda-feira (17), em Brasília, justamente por conta da presença de Lula.
“Fiz um compromisso comigo que não piso em território que o presidente Lula esteja presente, pelo menos até que ele se retrate por ter me acusado, de forma leviana, de ter sido cúmplice do Bolsonaro no 8/1”, declarou o governador em nota obtida pelo portal Metrópoles.
À Folha de S. Paulo, Ibaneis reforçou sua posição e disparou: “Não piso na terra arrasada do Lula.”
A mensagem do governador foi encaminhada ao presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, desejando-lhe sucesso em seu segundo mandato à frente da entidade. “Infelizmente, não poderei participar do evento”, finalizou.
A crítica de Ibaneis tem como base uma declaração de Lula exibida no documentário da GloboNews sobre os ataques de 8 de janeiro. Na ocasião, o presidente afirmou que o governador “é cúmplice disso, concordou com isso, negligenciou, não agiu corretamente” e que “ele era conivente com o caso” — acusações que, segundo Ibaneis, não foram sustentadas pelas investigações.
