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O envolvimento nas investigações da Polícia Federal (PF) sobre o esquema de corrupção na obra do Mané Garrincha não foi motivo o suficiente para evitar que a Via Engenharia fosse escolhida pelo GDF para concluir as obras da estação do metrô da 106 Sul. Segundo publicação no Diário Oficial do DF desta quarta (14), a empresa vai levar R$ 18,7 milhões.
A Via Engenharia foi um dos alvos da Operação Panatenaico, deflagrada em maio do ano passado. O presidente da empresa, Fernando Márcio Queiroz, chegou a ser preso temporariamente durante a ação. A operação também levou para a cadeia os ex-governadores Agnelo Queiroz (PT), José Roberto Arruda (PT) e o ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB).
Segundo as investigações da PF, que apuravam fraude e desvio de recursos das obras de reforma do Estádio Nacional Mané Garrincha, o superfaturamento da arena chegou a quase R$ 900 milhões. As obras, orçadas em cerca de R$ 600 milhões, custaram, na verdade, R$ 1,575 bilhão – tornando o Mané Garrincha o estádio mais caro da Copa de 2014. A PF indiciou 21 pessoas na Panatenaico.
Além do Mané Garrincha, a Via Engenharia participou de outras duas grandes obras no Distrito Federal investigadas na Lava Jato por desvio de recursos públicos e caixa 2: o do BRT Sul e do Centro Administrativo do GDF.
Em 2015, o delator Carlos Alberto Pereira da Costa, ligado a Alberto Youssef, afirmou que a empresa CSA, utilizada pelo doleiro para lavagem de dinheiro, firmou contrato de “consultoria” de R$ 303 mil com a empresa Via Engenharia referente as obras da construção do Centro Administrativo. Foi a primeira vez que a empreiteira apareceu nas investigações da Lava Jato. DP
