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Por Carlos Arouck
Uma pesquisa do Datafolha divulgada em 31 de dezembro de 2024 aponta um cenário de pessimismo entre os brasileiros em relação à economia. De acordo com o levantamento, 61% dos entrevistados acreditam que o país está seguindo na direção errada, enquanto 32% avaliam positivamente o rumo econômico atual.
O descontentamento é expressivo em diversos segmentos da população, com destaque entre jovens de 16 a 24 anos, onde 71% têm uma visão negativa. Entre aqueles que possuem renda acima de cinco salários mínimos, o índice de pessimismo chega a 67%. Já os grupos mais otimistas são compostos por pessoas mais velhas e com rendas mais baixas, mas, mesmo assim, ainda representam uma minoria.
Os números refletem o impacto de um cenário econômico, marcado por inflação persistente, crescimento estagnado e elevados índices de desemprego. Esse clima de insatisfação tende a influenciar a avaliação do governo Lula, embora a relação entre a percepção econômica e a popularidade presidencial seja complexa e multifatorial.
Especialistas indicam que a percepção popular sobre a economia é moldada por uma combinação de fatores, incluindo as políticas públicas adotadas, o contexto econômico global e a capacidade do governo de se comunicar de forma eficaz com a população. A análise segmentada dos dados reforça a importância de entender como diferentes grupos sociais vivenciam as dificuldades econômicas.
O pessimismo pode ter sido amplificado pelo cenário global incerto e pelas expectativas frustradas em relação ao desempenho econômico brasileiro para 2025.
A divulgação desses números pressiona o governo federal a adotar medidas concretas para melhorar a confiança da população na economia. Enquanto algumas políticas ainda estão em fase inicial de implementação, analistas apontam que o governo precisará apresentar resultados visíveis para conter o descontentamento e evitar que isso se traduza em maiores desafios políticos.
Os próximos meses serão decisivos para determinar se o governo conseguirá reverter o quadro econômico e restaurar a confiança no futuro do país, consolidando, assim, um caminho de recuperação tanto econômica quanto política.
