Hackers brasileiros aproveitam brechas tecnológicas para desviar dinheiro via Pix e limpar contas bancárias; especialistas em segurança aconselham medidas preventivas
Uma preocupante ameaça digital surgiu no Brasil, onde um novo vírus de celular tem se destacado ao desviar dinheiro via Pix e limpar contas bancárias. A fraude foi inicialmente detectada em dezembro do ano passado por uma empresa de cibersegurança e hoje é considerada o segundo golpe desse tipo mais registrado no país. Especialistas em segurança estão oferecendo dicas para evitar o acesso remoto não autorizado aos celulares e, assim, impedir roubos por meio de aplicativos maliciosos.
A pergunta que muitos se fazem é se é realmente possível usar um vírus para invadir celulares e roubar contas bancárias. Segundo especialistas, a resposta é sim, pois assim como a tecnologia avança, os hackers também se adaptam e desenvolvem golpes mais sofisticados.
No entanto, nem todos compartilham essa preocupação. Alguns, como Ian Ruffo, veem a narrativa de hackers invadindo celulares como algo mais próximo da ficção do que da realidade. Ele acredita que é improvável que um vírus seja transmitido através de uma ligação telefônica.
Os especialistas em segurança digital explicam que, embora o acesso ao celular por meio de uma ligação não seja impossível, hoje em dia é pouco provável. A verdadeira ameaça reside na capacidade dos criminosos de acessar remotamente o aparelho e realizar golpes. O “Golpe do Pix” é um exemplo notável dessa tendência.
Uma nova modalidade desse golpe foi identificada em dezembro do ano passado pela empresa de cibersegurança Kaspersky, que bloqueou mais de 1.500 ataques aos clientes entre janeiro e julho deste ano. Este vírus de celular é capaz de desviar dinheiro através do sistema Pix, uma forma de pagamento instantâneo muito popular no Brasil.
Ao contrário de golpes anteriores, em que os criminosos precisavam que a vítima estivesse ativamente usando o aplicativo bancário, esta nova ameaça pode operar de forma autônoma. O analista de segurança da informação, Fábio Marenghi, explica que o criminoso pode estar em qualquer lugar enquanto o vírus no dispositivo da vítima executa transações sem a necessidade de interação direta.
Para prevenir esse tipo de golpe, os especialistas recomendam não clicar em links suspeitos, evitar instalar aplicativos de fontes não confiáveis e nunca conceder permissões de acessibilidade a aplicativos desconhecidos. Além disso, é aconselhável instalar um antivírus no smartphone. Os bancos também estão alertando os clientes para não clicarem em links enviados fora de seus aplicativos oficiais. O Banco Central não emitiu comentários sobre o assunto até o momento.
Fonte: CBN
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