O Tudo OK Notícias questionou o Governo do Distrito Federal questões, mais precisamente à Secretaria de Saúde, sobre à situação do combate à Covid-19, abordando desde o uso de hidroxicloroquina e azitromicina após testagem rápida em tratamento, até a estratégia do governo para a transição da flexibilização do isolamento.
E também se já se encontrava na secretaria comprimidos de hidroxicloroquina prometidas pelo governo dos Estados Unidos da América (EUA). A secretaria de Saúde revelou que hidroxicloroquina não é utilizada em tratamento para Covid-19, e, sim, para três diagnósticos de doenças reumáticas.
No dia 31 de maio, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou que enviaria ao Brasil duas toneladas de comprimidos de hidroxicloroquina. Foi indagado à Secretaria da Saúde se teria informações sobre quando os comprimidos prometidos por Trump chegariam ao GDF, ao que a assessoria de comunicação respondeu que a pergunta deveria ser encaminhada ao Ministério da Saúde.
No mesmo dia 11 de junho, em que as questões foram enviadas por e-mail à Subscretaria de Comunicação do DF foi encaminhada a demanda referente ao Ministério da Saúde via assessoria de imprensa da pasta. Como não obtivemos respostas, entramos em contato nesta terça-feira (16). Fomos informados que por problemas técnicos no e-mail do Ministério da Saúde a assessoria ficou impossibilitada de receber a demanda. Após apuração, serão encaminhadas as respostas, segundo a assessoria do Ministério da Saúde.
Kit com azitromicina e hidroxicloroquina
Sobre a possível oferta de um kit com hidroxicloroquina e azitromicina para pacientes sintomáticos, após aplicação de testes rápidos para tratamento imediado, a secretaria informou que não fará uso desse tratamento. A questão surgiu após notícias de que o Estado de Rondônia tem obtido resultados positivos com essa modalidade de tratamento.
Secretaria não usa hidroxicloroquina para tratar Covid-19
A Secretaria de Saúde ainda esclareceu que não disponibiliza hidroxicloroquina para paciente com Covid-19, apenas cloroquina e o tratamento não está contemplado nas diretrizes e manejo clínico-farmacológico indicado como opção terapêutica, apenas para estudos clínicos a critério médico e com autorização da família.
Também acrescentou que secretaria utiliza o medicamento Hidroxicloroquina para 3 diagnósticos de doenças reumáticas.
Quanto às diretrizes relativas ao diagnóstico e manejo clínico-farmacológico da Covid-19 da secretaria estão no documento que pode ser acessado aqui.
A secretaria respondeu que não há estudo de planejamento para a utilização do kit (hidroxicloroquina com azitromicina) subsequente às testagens rápidas para Covid-19, em pacientes sintomáticos.
Método para flexibilização
No tocante à estratégia da Secretaria de Saúde quando a curva de incidência de casos confirmados e óbito continuar a crescer se pretende retroceder como processo de flexibilização, a assessoria respondeu que a Secretaria de Saúde se baseia em projeções realizadas a partir de estudos internacionais e com os parâmetros produzidos pela própria pasta, utilizando os dados dos boletins epidemiológicos elaborados.
E que as projeções têm o objetivo de estimar o número de pessoas infectadas, especialmente, as que podem necessitar de atendimento hospitalar, visando adequar e acompanhar a ampliação do número de leitos hospitalares, incluindo de UTI.
Segundo a secretaria, essas projeções não têm objetivo de estimar o número de óbitos, o que é muito variável em função da capacidade de atendimento dos casos mais graves.
Taxa de letalidade baixa
Além disso, conforme a secretaria, o DF apresenta a menor taxa de letalidade do país (1,3%) e, de acordo com as projeções, seguirá suficiente para atendimento dos pacientes durante a pandemia. “Novas medidas restritivas podem vir a ser adotadas dependendo da evolução da pandemia e cumprimento das medidas que constam no decreto do GDF. Por fim, o distanciamento é a principal medida que tem resultado no achatamento da curva até o momento”, ressaltou a assessoria.
A secretaria informou que a evolução dos números desde o início da pandemia até o momento pode ser acessado pelo link que o leitor pode conferir aqui.
Entorno e cidades satélites
A situação das cidades do Entorno e das cidades do Distrito Federal tem tido crescimento dos casos de Covid-19. Tudo OK quis saber como estão sendo encaminhadas às respostas para a população por parte do GDF.
A Secretaria de Saúde respondeu que a fim de garantir a assistência universal, os governos do Distrito Federal e de Goiás firmaram acordo de cooperação para os pacientes positivos para coronavírus. Os detalhes podem ser conferidos aqui.
Também foi questionada sobre a a situação em Ceilândia/Sol Nascente/Pôr do Sol/Estrutural. Se a região poderá escapar do lockdown após a força-tarefa ser implementada em parceria com a Administração Regional de Ceilândia e quais os prós e contras do lockdown, o qual, de pronto, prejudica a retomada da economia.
Como resposta a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde informou o link da matéria produzida pela Agência Brasília, sobre a ação da força-tarefa, inclusive com a distribuição de 17,6 mil máscaras durante o trabalho.
Por fim, o Tudo OK Notícias, indagou qual o cenário aguardado da curva de incidência de casos de Covid-19 para a flexibilização integral e subsequentes movimentos para a retormada da economia do Distrito Federal. A assessoria indicou o levantamento da Codeplan-DF onde constam dados da evolução dos números da Covid-19 por regiões.