A Organização Mundial da Saúde (OMS) informa que mais de três mil enfermeiros já foram infectados com o novo coronavírus.
Um relatório da OMS divulgado nesta terça-feira (7) mostra que faltam 5,9 milhões de enfermeiros no mundo. As regiões mais afetadas são a África e o Sudeste Asiático.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em uma live nas redes sociais da entidade, anunciou o relatório. Para comemorar o Dia Mundial da Saúde e também o aniversário de fundação da OMS, foram convidados enfermeiros e obstetrizes de diferentes regiões do planeta para darem seus depoimentos.
“Os profissionais de enfermagem são a coluna vertebral de qualquer sistema de saúde. Este relatório é uma clara lembrança do papel insubstituível que desempenham e é uma chamada de atenção para assegurar que esses profissionais recebam o apoio que necessitam para garantir a saúde do mundo”.
Segundo a OMS, mais de três mil enfermeiros já foram infectados com o novo coronavírus. “Como os trabalhadores da saúde estão na linha de frente da luta contra a covid-19, eles também estão entre os que estão mais em risco.”
De acordo com a OMS, os enfermeiros representam mais da metade dos profissionais de saúde em atuação. Há 28 milhões desses profissionais, que ficam na linha de frente na luta contra pandemias e epidemias que ameaçam a saúde global. A OMS reforça que é preciso aprimorar a formação desses profissionais e também capacitá-los para cargos de lideranças.
O relatório revela ainda que 8 em cada 10 enfermeiros estão em nações que representam metade da população mundial. Portanto, os outros 50% da humanidade têm apenas 20% de profissionais de enfermagem.
A OMS destacou ainda que está comprometida em trabalhar para que os países forneçam o treinamento necessário, o reconhecimento que eles merecem e melhores condições de trabalho e salários.
“A mensagem é inequívoca: os governos têm de investir em uma aceleração da formação pessoal dos enfermeiros, na criação de empregos no setor e em lideranças. Sem os enfermeiros, obstetrizes e outros profissionais da saúde, os países não podem ganhar a batalha contra as epidemias e nem alcançar a cobertura universal dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas”.