O presidente Jair Bolsonaro justificou, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18), a ida à manifestação do dia 15 de março, mesmo após recomendação de que deveria ficar em casa e evitar aglomerações por causa do coronavírus. “Vim aqui e cumprimentei meus eleitores e estive ao lado do povo, sabendo dos riscos que corria. Nunca abandonarei meu povo, este ao qual devo lealdade”, afirmou.
Perguntado depois se estava arrependido de ter ido ao encontro, o presidente respondeu: “Quando não estou infectado não estou colocando em risco a vida de ninguém. O movimento que veio ao meu encontro, não fui de encontro a ninguém.”
Ele disse, ainda, que a concentração de pessoas em todo o Brasil durante os protestos foi abaixo de um milhão, o “que equivale a menos de 20% das concentrações que há geralmente, por exemplo, em São Paulo por causa do transporte público”.
No entanto, Bolsonaro declarou que o que importa agora são os riscos que a população pode vir a sofrer devido à pandemia. “Externamos toda a nossa preocupação, bem como estamos tendo apoio incondicional da Câmara e do Senado em todas as medidas que porventura se façam necessárias para que este problema seja atenuado.”
Histeria
Bolsonaro afirmou, ainda, que a pandemia é “grave, mas não chega ao ponto de histeria e comoção nacional”. De acordo com ele, no passado “tivemos problemas mais graves que não teve essa comoção toda por parte da mídia”.
“A verdade está aí, é grave, mas não podemos entrar no campo da histeria. Esse sempre foi meu pensamento e papel como chefe de Estado, levar paz e tranquilidade para todos”, concluiu.