O vice-governador do Distrito Federal, Paco Bitto, vivenciou uma tarde de segunda-feira (10) diferenciada. Em entrevista exclusiva ao Tudo OK Notícias, transmitida ao vivo pelo Facebook, YouTube, além das Rádio Federal FM, de Águas Claras-DF, Rádio Comunidade 98,1 FM de Ceilândia-DF e Jornal Toda Hora de Brasília e Entorno.
Em um bate papo descontraído com mais de uma hora de conversa, Paco respondeu perguntas de ouvintes e internautas. Além disso, foi indagado sobre combate ao Aedes aegypti, geração de emprego; infraestrutura, Desenvolve DF; o partido Avante, Segurança Pública e o afastamento do jovem na política. Ele mandou um importante recado para os jovens desapontados com a política e para aqueles que gostam, a coisa só muda se houver opção, de caras novas, senão continua tudo do mesmo jeito como está.
Em tom franco, o vice-governador afirmou que o momento é do jovem mudar a realidade por meio do voto e participar na vida política. Segundo, a descrença não só dos jovens mas também da população em relação à política muito em conta dos “malfeitos dos governos passados”.
“Colocar a cara para apanhar”
Paco afirma que tanto ele quanto o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, colocaram “a cara para para apanhar, para ser candidato é para tentar mudar”.
Na visão de Paco, a marca da chapa foi a composição de pessoas e caras novas. Para o vice, se juventude não entrar na política, não querer ajudar a mudar vai continuar o mesmo.
“Não adianta você falar, ah, porque fulano, beltrano achou não sei quantos milhões e milhões em malas. Porque o outro tal. Não adianta, quem colocou eles (no poder) fomos nós, essa população. Então, você só muda se você tem a sua cara para apanhar”, explica Paco.
No entendimento do vice-governador, os jovens têm que ter a sabedoria do votar. Eles precisam ter uma pessoa entre eles, que eles tenham o poder de colocar e de tirar, seja do jeito bom ou do jeito mal do impeachment.
“Só que você só muda se tiver uma oportunidade. Deixando do jeito que está sempre vai ficar ruim. Esses jovens que gostam de política, muitos têm vergonha. E falam: ‘o que seu pai faz, é vice-governador, senador, deputado é governador’, a política em si está muito mal vista. Só que não é a política”, enfatiza.
Paco citou como analogia a imagem de tempos atrás tirada pelos brasileiros de que Brasília só tem ladrão. “Não tem, porque são pessoas que vem de fora, faziam malfeito e iam embora.”
A população de Brasília está chegando agora o poder no Distrito Federal, segundo Paco. As gerações estão chegando agora. “A minha, a geração do governador Ibaneis, eu me considero candango, a sua geração. Estamos aqui para isso. Tem velhos caciques corretos. Como toda profissão tem pessoas que fazem o malfeito. Na política também tem, só muda se tiver opção, ou então vai deixar do jeito que está, vai continuar a mesma coisa.”
Ainda sobre a hegemonia no comando político do país já houve uma guinada para os dois lados recentemente. “Já foi direita, já foi esquerda e agora voltou para a extrema direita de novo. Eu acho que o governo tem que ser um governo de centro que escute os lados comprometido”
Paco contou também que quando vai à Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) ou no atendimento a deputado distrital lembra que o Ibaneis Rocha monta os projetos e a CLDF é o lugar de discutir.
“Lá, na minha opinião, não tem direita ou esquerda. O que eu falo que tem lá? Deputados que querem o bem do Distrito Federal. Se o projeto for bom, vai votar. Como é que eu vou votar contra o projeto, como é que eu não vou sancionar um projeto legislativo que não seja bom para o DF. Como é que voto o projeto Desenvolve DF para lá, igual mandou IGES, passou, tá comprovado que está funcionando. Já entregou não sei quantas UPAs, quer dizer, está comprovado que está funcionando, Santa Maria, está aí funcionando.
Com relação a parlamentares que não quiserem ou não puderam votar por comprometimento com carreira, não tem problema nenhum. “Já foi comprovado que a maior parte quer o bem do Distrito Federal. Como você não vota um projeto e desenvolvimento econômico de geração de emprego. Não tem como não votar, não tem.”
Paco lembrou que são dezoito novos parlamentares na CLDF, para ele, é um número bem expressivo porque botaram a cara para isso no Distrito Federal.
“Então eu falo para esses jovens não tenham vergonha, ponham a sua cara na disputa, porque vocês tem o poder. E a arma mais poderosa do mundo que é voto. Graças a Deus aqui pode, que é direito de votar, porque os outros, de se expressar. A pior coisa no mundo é a repressão, aparteid. Então, vocês têm a arma mais poderosa que é voto. E se não gostarem daqui a quatros anos vocês tiram. E participam da política também.”
Dengue
Ao ser questionado sobre as ações que o GDF tem realizado no combate ao Aedes Aegypti, Paco explicou que nesta segunda-feira (10) foi realizada um reunião com toda a equipe da Saúde. Na quinta-feira passada também, no Ciops, SLU, DER, Novacap, Semob, todos estão envolvidos diretos ou indiretamente no combate ao mosquito.
“A dengue é um problema. Mas temos que vencer essa guerra e vamos vencer.” Ele acrescentou que são feitas todas as ações. O decreto de emergência ambiental que nos facilita nas compras e contratações. Já estão em processo a contratação de 600 pessoas, o Motofog para combater o mosquito.”
Além disso, as tendas utilizadas na última campanha de combate a dengue estão prontas para serem montadas, com 50 salas de hidratações. Mas nada impede que as tendas entrem em ação, já há insumos comprados. “Já tivemos um óbito e temos tido entre 1700 e 1800 casos. Aumentou o número, mas a população aumentou, há um vírus novo que é mais resistente, que criam anticorpos. É uma briga constante. Os testes rápidos serão solicitados até a semana que vem.”
Paco aproveitou para pedir aos proprietários de imóveis que deixem as equipes do exército contra a dengue fazer o serviço de fiscalização. E lembrou que 1200 bombeiros no momento trabalham na Ceilândia. Todos os finais de semana temos 700 a 800 mil homens trabalhando. E pediu para que haja comprometimento. Segundo ele, é injusto que um morador deixa em ordem sua residência para evitar água acumulada enquanto o vizinho não faça a parte dele também.
“Vamos ter conscientização. Vamos cuidar do que é nosso. Os lotes particulares são de vocês, os lotes públicos vamos trabalhar e vamos limpar. Ajude-nos. Porque se não vamos limpar os lotes e vamos mandar a conta para os proprietários. O caso é tratável e será vencido no Distrito Federal.”
Uma das perguntas que chegaram por rede social se referiu à violência pública abordando quantas vidas serão perdidas para que o GDF tome providências quanto a segurança pública. Foi sugerida a convocação da última turma da Polícia Militar do Distrito Federal.
Não é promessa e já foram colocados 700 polícias para trabalhar e se está fazendo realmente o que é possível. “Estamos falando de um efetivo de 12 mil e poucos policiais militares para uma população que é de 3,5 milhões de pessoas. Estamos recompondo os quadros de 12 anos para cá. E essa recomposição depende de Orçamento, Lei de Responsabilidade Legal, Governo Federal. Estamos fazendo dentro da LRF.” Afirmou Paco que o DF está classificado com a letra “C” o que impede a captação de recursos internacionais e que, por isso, é necessário ajustar o Orçamento.
Itapoã e Paranoá
Ao longo da entrevista Paco respondeu sobre buracos e coleta de lixo dia sim, dia não do Itapuã e Paranoá. O vice-governador destacou que o GDF faz muito pelas RAs e cidades do Distrito Federal. No Itapoã estão chegando as linhas de ônibus. Houve extensão de linha. Foram inauguradas praças. No caso de Paranoá foi inaugurada um biblioteca, da qual minha esposa é a madrinha, com todo equipamento de primeiro mundo.
“Operação Buraco Zero é todo DF, tanto é que agora, já está em fase de teste, vai ser lançado um aplicativo específico para a rede Buraco Zero. Quando bater na secretaria de Governo, vai disparar direto para o órgão competente para tapar, já dá a resposta de quando foi feito o serviço”, respondeu. Ele complementou que há cronograma que contempla todas as Regiões Administrativas do GDF Presente.
Conscientização
Quanto à coleta de lixo, Paco explicou que há a necessidade de reeducação por parte dos usuários. Para tanto, é realizado trabalho de educação, inclusive no manejo desse lixo. E o foco são as residências. Separação do reciclável ou não e fazer essa coleta dia sim, dia não, agora.
O GDF já chegou a recolher tonelada de lixo e no dia seguinte, estava lá o lixo de novo. Além disso, existem os Papa Entulho, mas já foi flagrado entulho ao lado de uma unidade de coleta e não dentro dela. São encontrados nos bueiros desde sacos plásticos até cocos inteiros obstruindo a passagem das águas pluviais.
Paco também contou que as RAs terão condições de fazer reparos pequenos com o Cartão Reparo. Ele citou como exemplo a pintura dos meio fios, mas primeiro serão recuperados para poder realizar a pintura.
Assista à íntegra da entrevista abaixo:
