O trabalho de profilaxia no PROS é incessante tanto para expurgar quem não deveria ser filiado quanto apurar todas as denúncias de mal feitos. A preocupação maior da legenda é não empurrar para debaixo do tapete. Muito pelo contrário, é obter o máximo de provas das irregularidades praticadas pelo ex-presidente Euripedes Júnior e um esquema de corrupção sem precedentes na história da legenda.
Por Josiel Ferreira e Maurício Nogueira
O ex-presidente do PROS, Euripedes Júnior, fez escola de desmandos e ações nada republicanas, personificados na figura do ex-secretário Nacional de Assuntos Parlamentares da legenda, Felipe do Espírito Santo. Atualizada às 22h19.
Um dos vários episódios com a farra de recursos do PROS, teve como protagonista o ex-secretário-geral do PROS, Alessandro Silva, primo do ex-presidente Euripedes Júnior.
Em uma viagem aos Estados Unidos ele foi autuado, dirigindo embriagado. Além de ir aos Estados Unidos também fez outras viagens internacionais com o dinheiro supostamente desviado, por enquanto, do partido. O PROS foi uma mãe para criminosos que se aproveitaram do posto na hierarquia partidária em beneficio próprio e até de parentes.
Segundo denúncias que chegaram ao Tudo OK Notícias, as decisões tomadas pelo partido passavam pelos olhos de Felipe do Espírito Santo. Ele coordenava quem trabalhava nos gabinetes dos senadores e deputados federais.
O que se soube por meio de denúncia é que a maioria não trabalhava. E dentro dessa maioria foram encontrados Hamilton Teixeira, vulgo Tatu, Coronel Charles Magalhães e Berinaldo Ponte. Este último, fora condenado na operação Caixa de Pandora. A atividade deles foi cometer crime de peculato, pois lembrando, não trabalhavam.
E, claro, eram remunerados sem trabalhar. Funcionários residentes em outros estados, funcionários fantasmas, até com bolsas de estudos pagas com verbas do Fundo Partidário, cujo critério era definido pelo presidente Erurípedes Filho.
Segundo documento anexo, “utilizar cargos ou função política para auferir vantagens ilegais”, infração prevista no inciso III, art 60 do Estatuto do PROS, Felipe Espírito Santo percebia R$ 18 mil, além do pai, Fernando Haroldo do Espírito Santo, nomeado em cargo comissionado de Assistente Parlamentar Intermediário que ainda remuneração semelhante, também era indicado pelo filho, Felipe e com a anuência do ex-presidente Eurípedes.
Viagem 0800 para Felipe
De acordo com a denúncia entre outras irregularidades, Felipe foi de Brasília à Belorizonte de 13 a 21 de janeiro de 2018, bancado pela Fundação Ordem Social, gastando R$ 2.386,72.
O motivo da viagem era passeio. Mas não ficou somente no âmbito nacional. Felipe não perdeu oportunidade de viajar para fora do país e, claro, com recursos do PROS.
Quem dava o sinal verde para as despesas com funcionários fantasmas era o ex-presidente da Fundação da Ordem Social (FOS), Felipe do Espírito Santo, segundo denúncia.
O dinheiro era repassado pelo PROS a supostos funcionários que jamais prestaram serviços. Os recursos e os afortunados são: R$ 8 mil a Maria Aparecida dos Santos, mãe do presidente do PROS, R$ 7.389,23 a Rosângela Barros Assed Matheus de Oliveria (Rosinha Garotinho-RJ0 e R$ 13.190,72 a Eduardo Vargas Volpon, piloto do helicóptero, que atendia exclusivamenteo ex-presidente da legenda, Euripedes Júnior, e, conforme a denúncia sem justificar, previsão ou autorização legal, segundo investigações da Polícia Federal.
Além dos funcionários supostamente fantasmas foram pagos também por serviços não prestados à empresa Rezi Consultor, criada por Chen Rezi Rampa Benício Backtivendanta, em 06 de fevereiro de 2017 e que fora fechada em seguida. Chen Rezi é filho do contador do PROS, José Dalton Barbosa Sousa.
A gastança não parou
O ex-presidente da FOS bancou passagens aéreas para a filha do ex-presidente, Jhennifer Hannah Lima de Macedo, que gozava férias da faculdade em Parnaíba-PI, no período de 04 de janeiro de 2018 a 24 de janeiro de 2018, acompanhada da irmã Giovana Yule Lima de Macedo.
A viagem foi paga com a chancela de Felipe, mas uma alegada reunião não existiu, conforme denúncia. A turista Jhennifer deu uma esticada até Jericoacoara-CE, naquele período citado das merecidas férias.
Ela se hospedou no Hotel Maré Mansa. E, claro, as diárias foram pagas com a autorização de Felipe ex-presidente da FOS, justificada para “resolver questões jurídicas”.
O detalhe é que Jhennifer não é advogada e sem nenhum conhecimento do Direito. A despesa paga totlizou R$ 9.998,79, segundo denúncia.
Contabilidade inversa
José Dalton Barbosa Sousa, proprietário da Seacon – Serviço Avançado de Contabilidade, aparentemente era outra empresa do esquema criminoso. Nada mais, nada menos, o escritório de contabilidade forneceu notas fiscais em 2018 e no primeiro semestre de 2019, somavam R$ 70 mil, para o ex-presidente da FOS, Felipe.
Segundo denúncia, a empresa de contabilidade Seacon não prestou serviços à Fundação.
Mensalinho indefectível
Além de tudo isso, o ex-presidente da FOS, Felipe recebeu uma espécie de “mensalinho” no valor de R$ 5 mil, por muito tempo em conta bancária.
Da mesma forma também recebia Maria Aparecida dos Santos, mãe do ex-presidente Eurípedes Júnior e a avó da vice-presidente, Jhennifer Macedo, em comum acordo do secretário Alessandro Sousa e a tesoureira Cintia Lourenço.
Assim, unidos em conluio, negociaram com dirigentes do PROS de vários estados. E com, quebra de sigilo bancário ficará comprovado o motivo pelo qual depósitos, nos anos de 2018 a 2019, foram para o DEA.
Sob efeito de álcool
O ex-presidente da FOS Felipe do Espírito Santo foi flagrado dirigindo por ingestão de bebida alcoólica como veículo Volkswagen Gol, em nome da FOS, placas DRN – 9567 de São Paulo, como consta em auto de infração em anexo. Já estava com a carteira suspensa. Foi pego sob efeito de álcool dirigido pela segunda.
Felipe continuou a conduzir o veículo Toyota/Corolla XEI 20 FLEX, placas PQI-3756 de propriedade da Fundação da Ordem Social, como consta no Documento de Arrecadação de Serviços, mesmo com a habilitação suspensa. Ou seja, sem o principal item para um cidadão poder dirigir dentro da lei.
Como se não bastasse, o ex-secretário-geral do PROS, Alessandro Silva, primo do ex-presidente Euripedes Júnior, também exerceu a curiosa função de turista 0800 viajando sem medo de ser feliz para vários países as expensas de dinheiro público. Inclusive com a facilidade financeira de locar automóveis.
Em um dos passeios a bordo de um modelo automático, Alessandro foi autuado em 21 de outubro de 2019, às 06h29, em Tulsa, cidade localizada em Oklahoma, nos Estados Unidos. Graças à esse deslize foi possível constatar que Silva não soube seguir as leis de trânsito na terra do Tio Sam e ao mesmo tempo serviu como prova da viagem ao exterior, segundo denúncia, às expensas do partido.
Caro leitor do Tudo OK Notícias, uma verdadeira Lava Jato para colocar os pingos nos is ocorre no partido. A pergunta ainda que não quer calar é: Quando chegaram ao fim as denúncias de irregularidades por um esquema criminoso instalado na legenda cujo protagonista é o ex-presidente Eurípedes Júnior.
“Golpe partidário”
Em nota divulgada recentemente pela defesa de Eurípedes Júnior, ele nega qualquer irregularidade nas viagens que fez. Ela ainda sustenta que o PROS foi vítima de tentativa frustrada de golpe partidário. O hábito de viajar às custas dos recursos do partido continuou por integrantes da diretoria do partido.
Confira nota da defesa de Eurípedes:
“Eurípedes Júnior, jamais utilizou recursos do Partido em viagem particular. Todos os trechos das viagens do dirigente citadas pela nota foram arcadas com recursos próprios do presidente e milhas acumuladas pelo mesmo. A única viagem feita custeada pelo partido foi uma à China, onde participou de feira de produtos gráficos, já que o Pros tem gráfica própria. No dia 11 de janeiro, a Direção do Pros foi alvo de uma tentativa frustrada de golpe partidário. Os golpistas, liderados pelo ex-secretário de comunicação, Marcus Holanda, tomaram de assalto a sede do partido, acompanhados de seguranças pagos.”
O Tudo OK Notícias entrou em contato com o ex-presidente da FOS Felipe do Espírito Santo e com a assessoria a pedido dele. Até a publicação da reportagem houve retorno. O site está aberto, como sempre, a ouvir o outro lado, para que haja contraposição quanto às denúncias constantes do conteúdo.
Após a publicação desta reportagem, o ex-presidente da FOS Felipe do Espírito Santo encaminhou nota, a qual é reproduzida na íntegra abaixo:
– Nunca ocorreu essa pseudo viagem de uma semana paga pela FOS para Belo Horizonte;
– Nunca fiz viagem internacional paga pela FOS;
– Nunca autorizei viagem de ngm pela FOS que não fosse estritamente a trabalho;
– Nunca foi feita ingerência em qualquer gabinete de parlamentares, absurdo achar que deputados e senadores aceitariam tal fato;
– A ex governadora Rosinha Garotinho não é funcionária da FOS;
– A empresa de contabilidade prestou e presta serviços declaradamente para a FOS, pois ela quem fez suas prestações de contas nos últimos anos;
– Não há existência de mensalinho, tampouco “sociedade” com Maria Aparecida e Alessandro Souza;
– A notificação se refere a 2009, cabe lembrar que o pros nasceu 4 anos depois, em 24/09/2013 e fundação 5 anos depois de tal data citada. Essa mínima averiguação poderia ter sido feita;
– tal citação de suspensão do detran, de 2009, só foi de conhecimento quando foi ser renovada a CHN, após quase 10 anos;
– sobre a notificação de 31/08/2017, perceba documento de conclusão de curso de reciclagem dia 30/08/2017, uma verdadeira confusão administrativa;
– A FOS nunca teve o veículo gol citado como de sua propriedade, tampouco houve qualquer infração alegada por direção sob efeito de álcool junto a veículo da fundação;
Ademais, vc expôs meu endereço, bem como dados pessoas, não é algo razoável.
Abaixo, documentos que chegaram à redação do Tudo Ok Notícias:
