Mais uma morte confirmada por ingestão de cerveja mineira

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O falecimento de uma idosa de 60 anos em Pompéu (MG), divulgado ontem pela prefeitura local, ainda não foi reconhecido como um caso da doença.

A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) confirmou nesta quarta-feira mais uma morte decorrente da síndrome nefroneural, causada por intoxicação pelo solvente dietilenoglicol. A vítima é um homem que vinha sendo contabilizado entre as 17 vítimas internadas após o consumo da cerveja Belorizontina.

É o segundo óbito confirmado pelas autoridades mineiras — o falecimento de uma idosa de 60 anos em Pompéu (MG), divulgado ontem pela prefeitura local, ainda não foi reconhecido como um caso da doença a nível estadual.

Segundo a Polícia Civil mineira, o corpo será encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para processos de exames e perícia. Procurada, a secretaria estadual de Saúde de Minas informou que atualizará as informações no final do dia.

Perícia da Backer

A perícia particular contratada pela Backer confirmou ao jornal O Globojornal  a presença do dietilenoglicol (DEG) nas amostras colhidas pela empresa.

“Até o momento, todos os resultados batem com os divulgados pela Polícia Civil”, informa Bruno Botelho, professor de departamento de química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e especialista em controle de qualidade de cerveja. Ele trabalha a pedido da empresa, como informou a diretora de marketing Paula Lebbos em coletiva na manhã de hoje.

O especialista revela ainda que encontrou a substância tóxica na cerveja dos lotes contaminados e também no aparelho de refrigeração da fábrica da Backer. Procurada pelo jornal, a assessoria de imprensa da Backer disse não ter a informação dada por Botelho à reportagem do jornal.

“O DEG estava na bebida do lote 1348 e no fluido de refrigeração do chiller”, afirma Botelho, em referência aos lotes L1 1348 e L2 1348.

Segundo o professor, o fluido não entra em contato com a bebida durante a produção.

“Ele fica em uma serpentina posicionada ao redor do tanque da cerveja. Para que acontecesse um vazamento, era preciso haver uma rachadura em cada superfície e elas precisariam ser no mesmo lugar”, explica.

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