Grupo de 63 conselheiros do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao Ministério da Economia, divulgou nesta quinta (30) uma carta, na qual manifestam que não participarão das sessões de julgamento do colegiado previstas para janeiro de 2022
O órgão, conhecido como “tribunal da Receita Federal”, julga disputas tributárias entre a União e contribuintes.
A carta é mais um protesto contra a decisão do governo de Jair Bolsonaro de cortar recursos para o Fisco no Orçamento de 2022 para bancar o reajuste dos policiais federais —base eleitoral do presidente, que tentará se reeleger no ano que vem.
Na semana passada, auditores da Receita apresentaram uma carta coletiva de renúncia a 44 vagas de conselheiros no Carf.
Segundo a Folha, a “greve” dos conselheiros que não participarão dos julgamentos “pode gerar um apagão nas deliberações logo no início do ano, para quando são esperados julgamentos envolvendo nomes como o apresentador Renato Aragão, a Igreja Universal, o banco Itaú e a empresa Vale”.