A PMDF sempre inova com ações para beneficiar a comunidade, acompanhadas de campanhas informativas que acabam resultando em hábitos saudáveis. Como é o caso do trânsito, em que a instituição foi pioneira em Brasília em inversões no sentido de vias, uso das faixas de pedestres e outras ações educativas que se estabeleceram e serviram de modelo para outras instituições.

Há 22 anos, a PMDF altera o funcionamento normal da via estrutural em dias úteis para ser utilizada em sentido único, Taguatinga-Brasília, no período de 06h00 às 09h20 e no sentido Brasília-Taguatinga, no período das 17h30 às 20h00.
A operação estrutural, realizada por policiais militares do DF, consiste em disponibilizar todas as 6 vias da DF 095, em sentido único nos horários em que o trânsito é mais intenso, com a finalidade de proporcionar uma maior fluidez e segurança aos condutores de veículos.
O aumento da frota e o substancial volume de veículos que transitam por dia na DF 095, cerca de 100 mil (de acordo com o Sistema Rodoviário do DF – SRDFO) exigiram criatividade, ação ostensiva e ativa do policiamento de trânsito no processo da inversão, como uma alternativa à falta de obras para ampliação das vias.
A operação é coordenada pelo Batalhão de Policiamento Rodoviário (BPRV) da PMDF com apoio do Departamento de Estradas de Rodagem do DF – DER. Atualmente são empregadas duas viaturas e duas motocicletas por período, totalizando 12 policiais exclusivos na operação.

Quem são as pessoas que trabalham para o seu conforto?
O Centro de Comunicação da PMDF acompanhou o trabalho dos policiais da equipe do Batalhão de Trânsito – BPRV, composta pelo sargento Carlito, cabo Paulo Cícero (viatura), sargentos Buggim, Lira e Cleiton (viatura) e os sargentos Alex Vicente e Tavares (motociclistas).

Para que a inversão ocorra conforme planejado, os policiais iniciam o serviço diariamente às 5 horas da manhã.
O sargento Carlito participa da operação a cerca de um ano e meio. Conta que as pessoas param para agradecer o trabalho. “Se não fosse por vocês, esse engarrafamento estaria longe e não chegaríamos ao nosso trabalho a tempo”. Lembrou o sargento.
Com o acompanhamento, o CCS verificou a preocupação com a segurança e com os horários exatos em cada fase da operação. Tudo é extremamente coordenado e considera-se os tempos de semáforo fechado, o posicionamento do DER e das viaturas. Cada minuto conta para que a segurança seja garantida e nenhum veículo transite fora do horário, colocando em risco a operação e consequentemente a vida dos condutores e dos policiais.
O sargento Araújo Filho trabalha no BPRV desde que ingressou na Polícia Militar, em 1992. Se dedica ao trabalho de inversão da estrutural a cerca de 16 anos. Para ele, os benefícios da inversão sempre foram e serão de grande importância e comodidade para o condutor de Brasília, do entorno e de quem por ela trafegar.
“Muitas vezes ocorre que os condutores não se atentam às placas que informam os horários em que a inversão é realizada e acessam a rodovia de forma indevida. Trabalhamos com muita tensão e cuidado para com a equipe e estamos sempre alertas com os condutores desatentos.” Relata.
“Cuidado esse que não foi suficiente para evitar que o sargento Lima Pereira, fosse atropelado enquanto colocava a sinalização de fechamento de um ponto de bloqueio. À época, foram necessárias diversas cirurgias e o policial hoje se encontra na reserva remunerada ainda em recuperação.” Recorda o sargento.
Como tudo começou?
De acordo com relatos do coronel Leão, hoje na reserva remunerada, em 1995, quando esteve em São Paulo para realizar o Curso de Policiamento de Trânsito Rodoviário, à época tenente, pode notar a grande diferença que fazia para o trânsito local a inversão que era realizada na Rodovia dos Imigrantes, ligando Santos a São Paulo.
Com experiência no Policiamento de Trânsito Rodoviário na Capital Federal, o tenente Leão, juntamente com o tenente Venturim, hoje, coronel da reserva remunerada, levaram a ideia ao Comando e à Direção do DER, iniciando o planejamento e implementação da inversão de uma das rodovias que liga o plano às cidades satélites da Ceilândia, Taguatinga e Samambaia.
Inicialmente a ideia era realizar a inversão da via Estrada Parque do Guará-EPTG, DF-085. Porém, pelas características da via, não foi possível realizar a implantação da inversão. Já na DF-095, via que apresentava boas condições de realização da inversão e era uma via de acesso rápido, os oficiais realizaram o planejamento e, em 1997, juntamente com 20 policiais, iniciaram numa quarta-feira o início da inversão da Pista Norte na parte da manhã e da Pista Sul na parte da tarde.
Sem acreditar na mudança de hábito que poderiam adotar, os usuários, inicialmente, rejeitaram a ideia de utilizar a pista inversa. Mas, com um trabalho de intervenção e algumas adaptações, os condutores passaram a perceber o quanto seria útil a utilização de mais 3 vias como opção de deslocamento nos horários de maior número de veículos.
Diante de tanto esforço e trabalho, a polícia militar mostrou um caminho para diminuir os longos engarrafamentos que se formavam naquela rodovia, propiciando uma melhor qualidade de segurança e de conforto aos usuários.
“Hoje, um único dia útil que não seja realizada a inversão, inclusive em períodos de férias escolares, há muito engarrafamento, tumulto e reclamação, mostrando que a população que utiliza aquela via não aceita mais que deixe de ser realizada a inversão.” Afirma o Major Keldson Sousa, Comandante do 1º Bptran.


A PMDF trabalha e o resultado você utiliza.
Fotos: Tim Alves/CCS
*Fonte:
¹ http://www.detran.df.gov.br/wp-content/uploads/2018/06/fatal_graf_1_df_frota_vitima-1995-2018.pdfconsultado em 15/05/2019 às 11h00
² Sistema Rodoviário do DF (SRDF) http://www.der.df.gov.br/wp-content/uploads/2017/11/SRDF-2018.pdf
Com informações do Batalhão de trânsito da PMDF.