15 milhões não vão receber todas as parcelas de R$ 300

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O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, fala à imprensa no Palácio do Planalto

 

Cerca de 15,4 milhões de pessoas não vão receber todas as quatro parcelas de R$ 300 do auxílio emergencial. É que o chamado auxílio emergencial residual só será liberado depois que o cidadão já tiver recebido todas as cinco parcelas de R$ 600. E muita gente ainda tem pagamentos de R$ 600 previstos para os próximos meses, já que só foi aprovada para receber o auxílio depois de abril.

Presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães confirmou nesta terça-feira (29/09) que os brasileiros que estão recebendo os R$ 600 só vão receber as parcelas de R$ 300 “se der tempo”. Isso porque a Medida Provisória (MP) que estendeu o auxílio determina que os R$ 300 só serão pagos após a quinta parcela de R$ 600 e limita os pagamentos a este ano de 2020. Logo, afirma que serão “até” quatro parcelas de R$ 300 até dezembro.

“Você começa a receber o auxílio emergencial extensão quando terminar o recebimento da quinta parcela do auxílio emergencial. Quem recebeu a primeira parcela em abril começa a receber a partir de amanhã porque já recebeu as cinco parcelas do auxílio. Quem estiver recebendo a quinta parcela parcela só começa a receber o auxílio extensão no mês que vem. São cinco parcelas do auxílio emergencial e, a partir do momento que se recebe a quinta parcela, a próxima parcela será o auxílio extensão”, explicou Guimarães.

Por conta disso, o governo calcula que 16,3 milhões de pessoas do Bolsa Família e 27 milhões de brasileiros que pediram o auxílio pelo aplicativo ou pelo CadÚnico receberão os R$ 300 a partir deste mês. Isto é, 43,3 milhões dos 67,2 milhões de brasileiros que estão no cadastro do auxílio emergencial. Já o restante só será contemplado pelos R$ 300 a partir dos próximos meses, à medida que vê o auxílio de R$ 600 chegar ao fim.

De acordo com os números apresentados pelo governo, serão mais 8,1 milhões de brasileiros em outubro, mais 5,9 milhões em novembro e mais 1,4 milhão em dezembro. Portanto, são 15,4 milhões de pessoas que vão receber só três, duas ou uma parcela do auxílio emergencial extensão, de acordo com o período de aprovação do seu cadastro.

“Quem recebeu em abril a primeira parcela e já recebeu as cinco parcelas do auxílio, são esses que começam a receber agora o auxílio extensão e vão receber as quatro parcelas do auxílio extensão. Quem recebeu a partir de maio só irá terminar de receber no próximo ciclo, então receberá três parcelas do auxílio extensão. E assim sucessivamente”, reforçou Guimarães.

Seguindo a lógica, quem foi aprovado em junho terá acesso a duas parcelas de R$ 300. Quem foi aprovado em julho terá só um pagamento de R$ 300. E quem foi aprovado só agora não deve receber os R$ 300, já que terá pagamentos de R$ 600 até dezembro.

O governo, por sua vez, disse que não considera que essas pessoas serão prejudicadas, recebendo menos que quatro parcelas de R$ 300, por conta da demora na análise dos cadastros do auxílio emergencial. O presidente da Caixa alegou que o governo recebeu um volume muito expressivo de dados no início da pandemia e conseguiu avaliar esse material de forma eficiente. “Tivemos 109,2 mi de adultos se cadastrando para receber o auxílio. Sete em cada 10 adultos se cadastraram no aplicativo”, lembrou.

Secretário-executivo do Ministério da Cidadania, Antônio Barreto destacou, por sua vez, que o governo garante que não haverá interrupção no pagamento do auxílio ao longo deste ano de pandemia. “Quando você recebe a quinta parcela do auxílio, no mês subsequente entra recebendo o auxílio de R$ 300 e vai passar a receber os R$ 300, que se estendeu até 31 de dezembro”, declarou. Ele explicou ainda que os pagamentos não vão entrar em 2021 pois o auxílio visa atender a população no período de calamidade pública, que vai até 31 de dezembro. (CB)

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